segunda-feira, 5 de outubro de 2009

BRASIL ASSUME PELA PRIMEIRA VEZ POSIÇÃO DE CREDOR DO FMI...

FONTE: *** CORREIO DA BAHIA.

O Brasil assumiu pela primeira vez a posição de credor do Fundo Monetário Internacional (FMI) após se comprometer formalmente nesta segunda-feira (5) em adquirir US$ 10 bilhões em bônus ao órgão.
'É um momento histórico para nós. É a primeira vez na história que o Brasil empresta recursos ao FMI - e, portanto, à comunidade internacional', destacou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participa em Istambul da reunião anual do Fundo.
Em 2002, o FMI tinha emprestado US$ 30 bilhões ao Brasil para enfrentar as turbulências e ondas especulativas provocadas pela eleição de Lula. Foi o maior valor já emprestado pelo organismo financeiro, mas ao final de 2005, a dívida foi toda saldada com o órgão.
Na carta, entregue em mãos a Dominique Strauss-Kahn, o Brasil se compromete a 'assinar um acordo de compra de bônus emitidos pelo Fundo no valor de US$ 10 bilhões de dólares, sob condições que serão estabelecidas no contrato que assinaremos', explicou Mantega. 'Faremos uma assinatura por dois anos', indicou o ministro, acrescentando que o acordo será confirmado 'nos próximos dias'.
'É importante dizer que nós estamos colocando uma parte de nossas reservas, mas isto não significa uma diminuição da disponibilidade de recursos para o Brasil. É apenas uma mudança de ativos', ressaltou Mantega, lembrando que o país decidiu comprar bônus que podem ser vendidos a outros países, sem dar o dinheiro diretamente ao FMI.
Além do Brasil, outros países do Bric (China, Rússia e Índia) decidiram comprar um total de US$ 80 bilhões em bônus do fundo. US$ 50 bilhões serão adquiridos por Pequim e US$ 30 bilhões serão divididos igualmente por Brasília, Moscou e Nova Délhi.
Agora, os quatro países vão negociar a possibilidade de colocar seus títulos nos Novos Acordos para a Obtenção de Empréstimos (NAP), programa que permitirá ao FMI dispor de 500 bilhões de dólares para conceder empréstimos rápidos a países em dificuldades. Mas os BRICs querem a garantia de que se poder de decisão seja proporcional à contribuição feita ao NAP.

*** Com informações do G1.

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