FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA).
Longe de parecer um recuo, a decisão do presidente da Assembleia Legislativa baiana, deputado Marcelo Nilo, de arquivar (temporariamente ou não) a proposta de aposentadoria integral para ex-governadores com até dois anos de mandato cumpridos deve ser entendida como uma atitude de bom senso. Só os fracos, os covardes ou, na outra ponta, os ditadores e os autoritários não têm a grandeza de reconhecer não propriamente um erro, mas uma aspiração da sociedade. Foi essa sociedade que se levantou contra o projeto que beneficiaria ex-governador. E Nilo teve a grandeza de, mesmo mantendo suas convicções, retira-lo de pauta.
Não devemos esquecer que Jaques Wagner também mostrou todo seu espírito público e caráter democrático ao ir de encontro à medida sem, entretanto, alardear seu posicionamento e nem tampouco colocar em xeque os 46 parlamentares simpáticos à mudança na Constituição baiana para agregar a benesse. Ao contrário, Wagner colocou-se como estadista. Fez ver à sua base aliada a impropriedade do plano em função de toda conjuntura que está aí. O governador, homem que saiu dos movimentos populares, sindicalista dos mais coerentes, não poderia, sob qualquer hipótese, renegar o próprio passado. Afinal, sabe perfeitamente – e Marcelo Nilo também – o quanto o povo brasileiro e o baiano em particular – pena para sobreviver. Sabem o quanto o trabalhador se destrói física e mentalmente para completar 35 anos de serviços para ter direito a uma aposentadoria pífia, insuficiente para comprar os medicamentos das doenças muitas vezes contraídas no ambiente de trabalho.
Ora, não há razão para privilégios. Nilo se agigantou enquanto político ao voltar atrás naquilo que parecia fato consumado. Não teve medo das críticas e muito menos se fragilizou ao reconhecer o que era efetivamente um erro. Wagner, por seu turno, deu-nos uma lição republicana ao negar-se a si próprio o que a esmagadora maioria da nossa população não tem. A imprensa deveria ser vigilante também com o que passa no Judiciário.
Longe de parecer um recuo, a decisão do presidente da Assembleia Legislativa baiana, deputado Marcelo Nilo, de arquivar (temporariamente ou não) a proposta de aposentadoria integral para ex-governadores com até dois anos de mandato cumpridos deve ser entendida como uma atitude de bom senso. Só os fracos, os covardes ou, na outra ponta, os ditadores e os autoritários não têm a grandeza de reconhecer não propriamente um erro, mas uma aspiração da sociedade. Foi essa sociedade que se levantou contra o projeto que beneficiaria ex-governador. E Nilo teve a grandeza de, mesmo mantendo suas convicções, retira-lo de pauta.
Não devemos esquecer que Jaques Wagner também mostrou todo seu espírito público e caráter democrático ao ir de encontro à medida sem, entretanto, alardear seu posicionamento e nem tampouco colocar em xeque os 46 parlamentares simpáticos à mudança na Constituição baiana para agregar a benesse. Ao contrário, Wagner colocou-se como estadista. Fez ver à sua base aliada a impropriedade do plano em função de toda conjuntura que está aí. O governador, homem que saiu dos movimentos populares, sindicalista dos mais coerentes, não poderia, sob qualquer hipótese, renegar o próprio passado. Afinal, sabe perfeitamente – e Marcelo Nilo também – o quanto o povo brasileiro e o baiano em particular – pena para sobreviver. Sabem o quanto o trabalhador se destrói física e mentalmente para completar 35 anos de serviços para ter direito a uma aposentadoria pífia, insuficiente para comprar os medicamentos das doenças muitas vezes contraídas no ambiente de trabalho.
Ora, não há razão para privilégios. Nilo se agigantou enquanto político ao voltar atrás naquilo que parecia fato consumado. Não teve medo das críticas e muito menos se fragilizou ao reconhecer o que era efetivamente um erro. Wagner, por seu turno, deu-nos uma lição republicana ao negar-se a si próprio o que a esmagadora maioria da nossa população não tem. A imprensa deveria ser vigilante também com o que passa no Judiciário.
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