terça-feira, 13 de outubro de 2009

TRISTE JEQUIÉ...

Já fiz matérias aqui mesmo neste espaço sobre a situação de Jequié no âmbito trabalho, saúde, social, educacional e político e cada vez que me instigo em escrevo algo sobre a cidade fico triste como triste tenho andado com o que acontece nela.
Recordo-me que ainda na minha adolescência a cidade dispunha de um pólo de confecções com suas tradicionais fabricas localizadas no Campo do América, a Saci Pererê, Estrela e outras anos depois foi criado o Centro Industrial no bairro Mandacaru e promessas de que dias melhores viriam para o ramo de confecções da cidade, o que vi foi a Saci Pererê fechando as portas o mesmo ocorrendo com a Estrela, surgiram então a Bremer e Injer (que anos depois passou a ser Le Brut) outras fábricas foram surgindo na cidade em locais diferentes e de menor porte, o pólo de confecções que era de Jequié foi então para Ilhéus que hoje é uma referência no estado neste setor, e a cidade sol, foi ficando para trás, as industrias de confecções foram perdendo a força e a Bremer fechou as portas, e agora fui informado de que o mesmo pode acontecer com a Le Brut. Vale salientar que tivemos ainda a Gê & Elle, Vihelle no Mandacarú que já fecharam as portas por falta de incentivo dos políticos da cidade.
Com ia falando agora é a vez da Le Brut uma das mais conceituadas empresas de confecções que ainda vem superando crise sobre crise e justamente por falta de incentivo ela está praticamente fechando as portas e deixando para trás muitas pessoas desempregadas, e outras cidades já abriram os braços para abrigar este fábrica pois sabe que serão novas chances de empregos.
Tenho dito sempre que Jequié era, foi ou já teve, nunca vamos voltar a ser a cidade que um dia ficou entre as primeiras do Estado isto tudo por culpa exclusiva daqueles que dizem amar esta terra e só querem dela os votos em tempo de eleição, 2010 vem aí e os oportunistas de plantão já começam a colocar out doors em pontos estratégicos dizendo ser o pai ou a mãe disto ou daquilo que obrigação deles políticos é realmente trazer para a cidade.
Lembro-me muito bem que a pouco mais de oito anos o jequiéense reclamava não ter um representante legal na Assembléia Legislativa do Estado, na Câmara Federal e no Senado, hoje temos nos três âmbitos pessoas que foram eleitas com o voto do jequiéense e no entanto quase nada vem sendo feito para tirar Jequié deste ostracismo incrível a que está sendo submetido desde quando tínhamos apenas um deputado estadual e um federal.
Quando ainda estava na ativa tive a oportunidade de entrevistar e acompanhar vários empresários do sul do País que estavam em visita a Jequié e em reuniões constantes com o prefeito da época em busca de locais para aqui instalarem suas fabricas o que daria muitos empregos aos que aqui não encontram o que fazer.
Era fabrica de doce de banana, refrigerantes, calçados entre outros e nada disto veio para Jequié mostrando que a visita daqueles empresários serviram apenas para encobrir notas e mais notas frias para entrarem em prestação de contas e a industria que era bom nada, o emprego que o jequiéense tanto almeja ficou apenas na ilusão.
É impressionante como estes caras-de-pau ainda tem coragem de vir a Jequié em busca de voto no período de campanha com novas promessas e infelizmente o eleitor ainda cai como um “pato” nas vãs promessas destes que somem tão logo sabem o resultado das eleições.
Sempre fui a favor de se votar no candidato que é filho da terra por que ele está mais próximo de uma cobrança por parte do seu eleitor, só que tenho visto que isto é engano, uma vez que ao saberem que foram eleitos eles tratam logo de contratar os assessores e estes tratam os seus patrões como se eles fossem o maior homem da face da terra e que está acima do bem e do mal e que o seu eleitor não pode dele se aproximar para fazer um pedido ou uma reivindicação.
Eles os políticos querem ser tratados como intocáveis e que ninguém pode deles se aproximar, mas quando chega o período de campanha entra a em campo a demagogia, você recebe em sua casa o candidato que toma café no copo de extrato de tomate ou então em uma lata de leite em pó, come farofa de água fria ao lado de seus familiares, mas depois que passa a eleição ele se pudesse colocava tudo para fora com nojo de seu eleitor, por que você é pobre e não merece está no meio deles.
Infelizmente esta é a situação que aflige não só o eleitor de Jequié, mas de uma forma geral, os senhores políticos tratam de uma maneira bruta e grosseira os eleitores que ousam procurar em busca de uma orientação ou um auxilio.
Mas vamos voltar a situação da Le Brut, ela fechando as portas como ficarão as pessoas que lá trabalham? Com certeza serão mais de duzentas pessoas sem emprego sem renda e em busca de um auxilio aqui ou ali sem saber o que fazer da vida e sem perspectiva de vida, os que dizem amar Jequié acima do bem e do mal mostrarem a cara e não deixar que isto aconteça.
Será que o fim da Lê Bruto vai ser o mesmo de tantas outras industrias da cidade que baixaram as portas em decorrência dos prejuízos que vinham tomando? No Mandacaru tinha uma fabrica de sandálias que vendia para todo Brasil e justamente por falta deste incentivo trocou seu endereço inicialmente para Lajedo do tabocal e em seguida para Jaguaquara, pois foram nestas cidades que o seu proprietário encontrou apoio para continuar seu trabalho.
E vamos ter que continuar sendo a cidade do já foi, já teve e já era. Os políticos são os grandes culpados por Jequié está no buraco que se encontra hoje, então que eles tratem de por terra onde deve e tapar o mais rápido possível o buraco antes que tenhamos que colocar nas entradas da cidade placas com os dizeres “AQUI FOI JEQUIÉ, HOJE JEQUIERA” passem o mais rápido possível antes que você também se acabe.
É triste muito triste mesmo. Vermos a cidade ter as industrias serem trocadas por outra industria que vai tomando conta da cidade de ponta a ponta a ponta que é a industria da droga e dos crimes insolúveis, dos arrombamentos etc, etc.
A que ponto chegamos. O que estão fazendo com Jequié? Socorram esta que é uma bela cidade, seu povo não merece ser tratado desta maneira.
Para quem não conhece, Jequié é uma cidade que fica a pouco mais de 350 quilômetros de Salvador, está localizada no sudoeste da Bahia e com uma população que com certeza já deve ter ultrapassado a casa dos 200 mil habitantes. Fico a imaginar e pensar o que será desta cidade dentro de mais dois anos! Realmente que ironia TRISTE JEQUIÉ.

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