sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

HAJA OLHADO...

FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA).

O prefeito de Camaçari Luiz Caetano passou a ser alvo dos holofotes, dentro e fora do PT, após a anunciada ascensão dele à coordenação da campanha de reeleição do governador Jaques Wagner. É uma responsabilidade e tanta, mas Wagner teve o bom senso de escolher a pessoa certa para o lugar certo. Caetano terá duas missões espinhosas.
A primeira, livrar-se dos maus olhados que o cercam. Não deve ser uma tarefa difícil desde quando tenha as portas dos terreiros de Candomblé e de Umbanda abertas para consultas além de um trânsito fácil entre os evangélicos de todas as correntes, os católicos e espíritas na hipótese de necessitar de uma mãozinha das forças religiosas ou não que conduzem o nosso dia-a-dia. A segunda – depois de protegido e precavido – é evitar ao máximo que sobressaia mais do que o candidato. Não que Wagner vá demonstrar algum tipo de insatisfação. O “galego” é o “cara” do momento.
O problema é a ciumeira interna e externa que pode acabar por prejudicá-lo (a Caetano) pessoalmente. O assunto é sério e, portanto, vou evitar fazer gracinhas, apesar das minhas gracinhas serem extremamente sem graça. Há um fato concreto: ao assumir a coordenação da campanha governamental petista de 2010, Caetano se credencia ( ele pode até dizer que não) a disputar o pleito majoritário de 2014. Mesmo que não seja esta a sua intenção, ele estará na crista da onda até as eleições do ano que vem. Será, pois, um alvo político apetitoso para os adversários. Pior: não só para a oposição como, sobretudo, para alguns dos seus próprios aliados. Explico: os interessados em ferrá-lo com a marca da desonra e da iniquidade não terão escrúpulos em fazê-lo.
Tentarão associá-lo a acontecimentos já mortos e sepultados ou recorrerão a métodos ultrapassados de difamação e leviandade. Caetano deve está preparado para ações que tentarão desqualificá-lo. É bom não ficar de costas nem para pseudos correligionários. Aliás, soube que tem petista se escalpelando só em imaginar em disputar uma vaga à Assembleia Legislativa com a vereadora e esposa de Caetano, Luiza Maia. Mas, o que fazer? O jogo político é assim mesmo.
A maioria do partido, no entanto, fecha com o prefeito de Camaçari por entender que é a opção que mais agrega e cuja experiência e trajetória de vida pública o credenciam para, hoje, conduzir e abrir novos caminhos para Wagner e, amanhã, construir seu próprio percurso para chegar até onde lhe der na telha. O Palácio de Ondina seria uma sugestão.

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