sábado, 5 de dezembro de 2009

MARAGOGIPE: MAIS DE 13 MIL BAIANOS CAEM EM GOLPE FINANCEIRO...

FONTE: *** CORREIO DA BAHIA.
A pirâmide financeira é um velho golpe que precisa de muitos participantes para fazer a festa de poucos malandros. Esse velho truque foi aplicado para enganar boa parte da população de Maragogipe, na Bahia. Mais de 13 mil pessoas foram enganadas.
Os moradores estão inconformados. É difícil encontrar alguém na cidade que não esteja se queixando do golpe. “Eu quero saber para onde foi nosso dinheiro”, diz uma vítima. “Eu já tinha dado R$ 2 mil, e no dia 18 eu já tinha dado mais R$ 500,00. Eu raspei a minha conta”, diz outra vítima.
Para atrair clientes, a pirâmide, que recebeu o nome de caixa cooperativa, tinha até propaganda nas ruas. “Tenha certeza que continuaremos trabalhando para manter a nossa caixa crescendo a cada dia”, dizia o texto.
A promessa era multiplicar o dinheiro aplicado em menos de um mês. “Eu coloquei R$ 200,00, recebi R$ 800,00. Depois recebi R$ 5 mil. A sorte bateu na minha porta”, afirma Rosenil Jesus Santos.
E sem perceber, os sortudos foram espalhando a notícia do dinheiro fácil. Até quem mora nos bairros mais pobres botou em jogo o pouco que tinha.
Pescadores - Muitos pescadores entregaram à quadrilha da pirâmide o dinheiro que receberam do governo federal: dois salários mínimos, pagos no período em que a pesca é proibida. A arrecadação era semanal. O único documento de garantia era um pedaço de papel, sem assinatura, com a data do recebimento do dinheiro. O caixa da pirâmide funcionava em uma casa, no Centro da cidade.
Tinha até proteção de policiais militares. Quatro mulheres, de Maragogipe, são acusadas de serem as responsáveis pelo golpe. De repente, elas fecharam a casa, sumiram e não deram mais notícia. Quando os moradores souberam as quatro mulheres já estavam longe da cidade. A casa não foi invadida porque os policiais que davam cobertura à pirâmide impediram. Um deles, à paisana, deu dois tiros para cima quando as vítimas procuraram a delegacia.
A polícia ainda não tem pistas. As mulheres podem responder por crime contra a economia popular, estelionato e formação de quadrilha. As penas podem chegar a 12 anos de prisão.

*** As informações são do G1.

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