segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

MPF QUER OBRIGAR INSS A FAZER PERÍCIA MÉDICA EM NO MÁXIMO 15 DIAS...

FONTE: ÚLTIMA INSTÂNCIA.
O Ministério Público Federal em São Paulo entrou hoje, 11 de dezembro, com uma Ação Civil Pública, com pedido de liminar, para que o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) realize a perícia médica em até 15 dias a partir do agendamento. O pedido abrange todo o território nacional.
A Procuradoria apurou que o número de perícias realizadas na cidade de São Paulo diminuiu drasticamente por conta do Movimento pela Excelência do Ato Médico Pericial. “Em agosto, na agência Glicério, foram realizadas 10.252 perícias e, quando começou o movimento, em outubro, o número de perícias foi de apenas 4.736”, ressaltou a procuradora da República Zélia Luíza Pierdoná, autora da ação. Além da cidade de São Paulo, agências de Jundiaí (SP), Guarulhos (SP), Curitiba (PR), Londrina (PR), Novo Hamburgo (RS), Caxias do Sul (RS), Uberlândia (MG), Contagem (MG), Duque de Caxias (RJ), Salvador (BA), Santo Antônio de Jesus (BA) e Brasília (DF) também estão com excesso de demora nas consultas. Em razão disso, a procuradora pede que os pedidos feitos nessa ação sejam válidos para todo o país. Na ação, é pedido que se suspenda o recesso, férias e licença-prêmio de médicos peritos até que se regularize o atendimento nas agências, que haja realocação de médicos peritos de uma agência para outra. Caso essas medidas não sejam suficientes, foi requerida, na ação, a contratação temporária de médicos.
A Procuradoria ainda pretende que, com o concurso a ser realizado, sejam preenchidos todos os cargos vagos de médico perito.
DIREITO À GREVE.
A procuradora destacou que a ação não questiona o direito de reivindicação dos médicos, mas os prejuízos que o movimento vem causando aos segurados de todo o Brasil. Os benefícios previdenciários de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte ao dependente incapaz maior de 21 anos, bem como o benefício assistencial a pessoas com deficiência, são concedidos depois que a perícia confirma a incapacidade. Por conta do movimento, houve uma significativa redução no número de beneficiários atendidos. “Houve remarcação sucessiva de atendimentos, havendo casos em que já houve reagendamento da perícia por duas ou três vezes”, destacou Zélia. Segundo a procuradora, o atraso nas perícias não decorre só do movimento, mas também pelo número reduzido de médicos em algumas agências em decorrência de aposentadoria e pedido de exoneração Zélia destacou ainda que a não realização das perícias vem causando transtorno a quem realmente precisa do benefício para sua subsistência. “O segurado e sua família precisam desse dinheiro para se alimentar, para sobreviver”.

Um comentário:

  1. A demora no atendimento é de exclusiva responsabilidade do INSS, o que demonstra que existe falha na organização do trabalho, ou seja, incompetencia administrativa. Os peritos não podem ser responsabilizados e punidos pela falha de gestão deste orgão.

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