sábado, 5 de dezembro de 2009

SERÁ UM NOVO COMEÇO?...

Surge no fim do túnel uma nova vida para a Associação Desportiva Jequié (ADJ), fundada em 20 de novembro de 1969, por um grupo de empresários e desportistas da cidade e que em seu primeiro ano foi a grande sensação do futebol baiano, dando ao Brasil o artilheiro daquele ano, o atacante Tanajura.
Os anos foram passando e a equipe foi caindo de produção em decorrência das constantes mudanças de diretorias e veio o afastamento (licença) da primeira divisão onde foi alegado na época que não havia recursos para a equipe permanecer disputando o campeonato baiano, só que até hoje ninguém sabe ao certo o que aconteceu se houve uma licença por parte da Federação Baiana de Futebol ou a vaga foi vendida a Catuense como foi muito comentado à época e ninguém ficou sabendo na verdade o que aconteceu, o fato é que para retornar a divisão de elite do estado a equipe teve que retornar através da disputa da segunda divisão o que aconteceu para em seguida voltar a cair e não retornar mais.
Foram várias diretorias que estiveram à frente da ADJ e nenhuma delas conseguiu fazer com houvesse o retorno tão cobrado e esperado pelos torcedores.
Não gosto muito de escrever sobre o futebol de Jequié uma vez que me enojei das coisas que presenciei ao longo dos anos principalmente com os políticos da cidade quando muitos deles se negaram a ajudar e em alguns casos pude presenciar dirigentes sendo humilhados em busca de trocados para poder levar a equipe para disputa de uma partida em outra cidade.
A falta de consideração de alguns dirigentes com jogadores (principalmente os revelados em casa) ao final de cada competição para o acerto de contas e muitos deles ficaram sem receber o que lhes era devido até hoje, alguns casos chegaram a parar na Justiça do Trabalho e algumas rendas chegaram a serem penhoradas e por ai vai.
Fiquei muito alegre quando soube que o ex-atleta de futebol de campo e futsal JORGE AMADO (FOTO), colocou seu nome à disposição para assumir a diretoria da Associação Desportiva Jequié (ADJ), uma pessoa integra, jogador exemplar, jogou pela equipe alguns anos inclusive sendo seu capitão em campeonatos da segunda divisão e conhecedor dos bastidores do futebol, já que quando atuava não só profissionalmente como em seleções amadores da região era sempre a intermediar conversas entre diretorias e jogadores quando a coisa começava a esquentar e o salário não saia em dia.
Vejo hoje no nome de Jorge Amado, o nome certo para poder dirigir na condição de presidente a ADJ, para que ele realize um bom trabalho é preciso que comece pegando os erros de diretorias anteriores para não cometer os mesmos erros e cair no descrédito como tantos outros.
Que ao final de cada trimestre ou na pior das hipóteses semestre ele preste contas do que recebeu em nome da agremiação, não só de doações como de patrocinadores e outras pessoas (empresários, industriários, comerciantes etc) que sempre ajudaram, muitos deles nunca se negaram a colocar sua empresa a disposição da equipe só que ao final de cada competição as contas não eram prestadas e foram poucas vezes e em raras diretorias que isto aconteceu.
Este ano a Associação Desportiva Jequié, completou quarenta anos e ninguém se lembrou desta data, nenhuma comemoração alusiva à data aconteceu isto tudo faz com que o torcedor esqueça que a um dia a cidade teve uma equipe de futebol profissional e muito bem a representou. Para quem não sabe na década de setenta a Revista Placar elegeu o escudo da ADJ como o mais bonito do futebol brasileiro e poucos são os que sabem disto, este talvez seja o momento de alavancar de uma vez por todas a volta da ADJ, o nome de um jovem que já esteve dentro das quatro linhas e conhecedor que é dos problemas enfrentados por uma equipe pode ser o ponta pé inicial para que tudo isto aconteça.
Que Jorge Amado com sua diretoria realizem inicialmente um trabalho de base com jovens da cidade, disputando campeonatos da cidade, em seguida um Intermunicipal para daí formar uma base e poder partir para disputar o campeonato da segunda divisão com os pés no chão e uma equipe formada por jogadores da região.
Por que da nada vai adiantar cair no erro antigo de formar equipe com jogadores vindos de outros estados e que não tenham compromisso com a equipe e a cidade e só venham aqui a passeio, sei muito bem que Jorge Amado conhece muito bem esta situação.
Usar a velha máxima de que jogadores da cidade e da região não dão certo deve ser mudada pois os exemplos estão ai para quem quiser ver, Guilherme na Espanha; Hamilton (Bó) cujo passe pertence ao Atlético Mineiro e está emprestado ao Ipatinga; Val Baiano que é natural de Manoel Vitorino e faz sucesso hoje no Barueri (sendo um dos artilheiros do campeonato brasileiro da série A).
Com certeza se o trabalho for feito com seriedade teremos uma equipe forte e com condições de poder brigar com as forças do futebol baiano para recuperar o brilho perdido há muitos anos.
Caso não haja mudanças a nova diretoria da Associação Desportiva Jequié (ADJ) está constituida assim:
Presidente - Jorge Amado Araújo Nery;
Vice-Presidente - Márcio Meira Lopes;
Diretor Financeiro – Antonio Francisco Filho (Toinho de Miquilino)
Diretor Jurídico – Germínio Barros Correia Filho (Germininho)
Diretor Departamento Médico – Benedito Gomes de Moura e Jorge Abddo
Diretor de Patrimônio – Isaac Mercês
Diretor de Marketing - Edvaldo Lisboa Miranda Junior
Diretor de Relações Pública – A confirmar
Diretor de Departamento do futebol profissional – Enéias Brito Ferreira
Diretor de Departamento do futebol amador – Marcelo A. Santos (prof. Marcelão).
Para concluir desejo ao novo presidente e seus diretores boa sorte e que trabalhem pois a luta será árdua e para recuperar o espaço perdido no futebol baiano não vai ser fácil, mas a melhor vitória só vem com muito esforço e luta.
Como diz o titulo da matéria “SERÁ UM NOVO COMEÇO?” espero que sim.

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