quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O BLOCO IMUNDO DA EBAL...

FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA).

Estamos em pleno Carnaval, mas eu só gostaria de tirar as máscaras daqueles que definharam a Ebal, administradora da Cesta do Povo, depois de passada a festa. Simples: o povo e parcelas dos políticos estão inebriados com os chamados dias de Momo. Se a Terra fosse hoje atingida por um gigantesco meteoro e desaparecesse no espaço, muita gente ia achar tudo natural. É época de pão e circo. Portanto, deixemos os temas mais impactantes para após essa fase.
Aí, sim, vamos nominar todos os que contribuíram segundo relatório da CPI da Ebal, realizada na Assembleia Legislativa, e já em minhas mãos (tenho comigo também documento da Secretaria da Fazenda do Estado que acusa um prejuízo de R$ 600 milhões na estatal no governo passado) para a derrocada daquela que foi sem nunca ter sido uma peça reguladora do mercado baiano. A Ebal foi um engodo, um capricho do ex-governador Antonio Carlos Magalhães, que se tornou num antro político onde tudo era permissivo, inclusive o desvio do dinheiro do contribuinte.
Já disse isso milhões de vezes e vou sempre repeti-la. Na próxima etapa – depois do Carnaval – vamos ser mais incisivos nas cobranças. O Estado terá de sair do muro. Deve assumir as denúncias feitas em seu relatório ou admitir que tudo não passou de uma farsa no sentido de denegrir a imagem dos seus antecessores.
O Tribunal de Contas do Estado terá de esclarecer por que não julgava as contas da Ebal. O Ministério Público, afinal, pediu ou não pediu o indiciamento dos ex-diretores da estatal, além da indisponibilidade de seus bens? A própria CPI vai mostrar a sua cara novamente. Enfim, há um rombo acumulado de quase ou mais de R$ 1 bilhão, dinheiro mais do que suficiente para estender as obras do metrô a Pirajá e até mesmo iniciar, com garantia de conclusão, a ponte Salvador-Itaparica. Onde foi parar toda essa grana? Quem enriqueceu ilicitamente em toda essa história?
Os inúmeros contatos já mantidos por mim junto a uma série de autoridades – todas preferem silenciar-se em público – me dão a certeza, baseado no que elas me disseram, que a Ebal transformou-se numa mina de ouro para gente inescrupulosa, mesmo ante os olhares complacentes dos governos. E isso não vai ficar assim. Vamos trabalhar para que não prevaleça, nesse e em outros casos, a célebre manifestação do Barão de Itararé “ou restaura-se a moralidade ou nos locupletamos todos”! A lamentar, apenas o fato de que um bloco imundo estará nas ruas de Salvador nos próximos dias: o bloco dos ex-gatunos da Ebal.

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