terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

TROCAR BEIJOS PODE FACILITAR A TRANSMISSÃO DE DOENÇAS NO CARNAVAL...

FONTE: Thiago Pereira TRIBUNA DA BAHIA.
As músicas incentivam, o clima é favorável, a festa é democrática. No carnaval de Salvador, beijar é quase que uma obrigação. Um ritual seguido a risca por milhares de foliões e que pode representar um grande risco à saúde.
De acordo com a Dra. Isabela Baraúna, infectologista da DASA, maior empresa de medicina diagnóstica e saúde preventiva da América Latina, o beijo pode transmitir uma doença chamada mononucleose infecciosa, que pode levar à meningite, anemia hemolítica e outras enfermidades.

Causada pelo vírus Epstein-Barr, a mononucleose, também conhecida como “Doença do Beijo”, é altamente contagiosa e pode ser transmitida pela saliva, por transfusão de sangue e contato sexual. Segundo a infectologista, a doença atinge qualquer faixa etária, mas é mais comum entre adolescentes e jovens adultos.
“Os principais fatores para a proliferação da mononucleose são as más condições de higiene pessoal e a grande concentração de pessoas em um pequeno espaço, que propicia aglomeração e facilita a dispersão do vírus”, explicou a Dra. Baraúna.
A mononucleose causa febre, dor de garganta, mal estar, fadiga, aumento de gânglios (com dores), de fígado e baço. Os sintomas duram em média três semanas e cerca de 10% dos casos apresentam erupção cutânea, deixando a pele avermelhada e com aspecto de lixa.
Segundo a médica, os pacientes devem procurar o serviço médico imediatamente para que a doença seja diagnosticada e tratada com antibióticos. “A mononucleose é uma virose e esses remédios não têm indicação no tratamento. Só estão indicados quando a doença se complica em algum processo bacteriano”, alertou a médica.
Outros fatores que facilitam a proliferação da “doença do beijo” é que o período de incubação do vírus poder chegar a até 30 dias, não existe tratamento específico e a prevenção é complicada. “Até o momento, não existe nenhuma vacina. Geralmente, a virose não é fatal, mas podem ocorrer complicações como meningite, encefalite, anemia hemolítica e, em casos mais graves, ruptura do baço”, afirmou a infectologista.

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