quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

USA EM DIFICULDADE...

FONTE: Ivan de Carvalho (TRIBUNA DA BAHIA).

Numa segunda-feira, 21 de fevereiro de 1972, o então presidente americano Richard Nixon desembarcou em Pequim, onde poucas horas depois foi recebido pelo primeiro-ministro Chou en Lai. A visita de Nixon à China coroava toda uma fase preparatória e iniciava a execução de uma ampla estratégia conjunta de enfrentamento do agressivo império soviético. A China havia rompido com a União Soviética quando esta, a partir de um famoso discurso de Nikita Kruchev, amaldiçoou o stalinismo, numa ampla manobra política da nova guarda do Kremlin para se consolidar no poder. E Nixon, com os Estados Unidos batidos na África negra pela ofensiva política, diplomática e até mesmo militar da URSS via Cuba e em situação difícil no Oriente Próximo e Oriente Médio, além do sudeste asiático (Vietnam), queria um parceiro para enfrentar o colosso do leste europeu e norte da Ásia.
A China mostrou-se um parceiro político valioso e foi importante para que afinal Ronald Reagan, Margareth Thatcher e João Paulo II ganhassem melhores condições de aplicar o xeque-mate que levou a URSS às reformas de Gorbachev e depois ao colapso, dando lugar a várias repúblicas independentes e a uma grande democracia experimental, a Rússia sob Boris Yeltsin. Experimento que está indo rapidamente para o brejo sob Vladimir Putin.Agora, enquanto a Rússia engata a marcha-a-ré na estrada que leva do totalitarismo à democracia e à liberdade, a China, que nunca andou nessa estrada, se recompõe com a Rússia e, abrindo parte de sua economia enquanto mantém o controle totalitário da sociedade, torna-se o que está na moda dizer que será “a maior potência do século XXI”. Para um candidato ainda não eleito a tal posição, a China já está bem arrogante. Encontrei ontem no excelente blog bahiaempauta.com.br uma notícia pescada no jornal português Diário de Notícias.
A notícia dá conta de que um alto dirigente chinês avisou que um eventual encontro entre Obama e o Dalai Lama (líder religioso e governante do Tibet no exílio) irá “minar seriamente” as relações entre Estados Unidos e China. Este aviso soma-se aos ataques verbais chineses pela venda de armas americanas a Taiwan – os Estados Unidos têm o compromisso de manter a República da China (Taiwan) bem armada –, mas a China (a totalitária) quer tomar a ilha, assim como, há décadas, invadiu e ocupou o Tibet. Para completar, é recente um conflito envolvendo direitos humanos e o site de pesquisa Google (que ameaçou deixar de funcionar na China, devido à cada vez mais insistente e ampla censura chinesa a seu conteúdo, bem como ao acesso dos internautas chineses ao site).
Os chineses não podem saber coisas que o governo não quer que eles saibam e devem saber tudo que o governo quer que eles saibam – esse é o pilar básico de todo totalitarismo. Os Estados Unidos não estão bem. Juntaram-se à China para vencer a URSS. Agora, Rússia e China, razoavelmente reconciliadas, ensaiam o enfrentamento com os Estados Unidos e, por extensão, com o Ocidente.

Um comentário:

  1. Ho imperio Americano nao morreu, en todas as partes do mundo tem suas bases militares ; na Coreia , no Japao, nas Filipinas,Irake, Agfanistao, na Yugoslavia, Alemanha,e nao deixaria de ter em Taiuwam, em comflicto resente, as suas tropas em alerta estan bem proximas em certo lugares, este jogo e de ajedres,os mais praticos ganham, muito alertas com o tio " SAM "

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