quinta-feira, 18 de março de 2010

A ÁGUA É ESCASSA. EMBASA EXPLICA DIFICULDADES PARA RESTABELECER FORNECIMENTO...

FONTE: Noemi Flores (TRIBUNA DA BAHIA).

Beber um copo d’água quando se tem sede e tomar aquele banho relaxante, não há nada na vida que possa substituir. Mas tem que se refletir sobre o desperdício, pois 97% da água existente no planeta é salgada (mares e oceanos), 2% formam geleiras inacessíveis e menos de 1% pode ser consumida, conforme informou o diretor do Instituto de Gestão de Águas e Clima (Ingá), Julio Rocha. Moradores de vários bairros da cidade enfrentaram a falta d’água no final e início da semana, entretanto, o superintendente da Embasa, Carlos Ramires, afirma que não é por estiagem, mas devido a problemas com as adutoras, “já solucionados por técnicos.”
Salvador e sua região metropolitana são abastecidas pelas Barragens de Joanes I e Joanes II, Ipitanga, Santa Helena, Pedra do Cavalo e do Cobre. De acordo com o superintendente, as mais significativas são Joanes I e II, que representam 40% do abastecimento da cidade, e Pedra do Cavalo, que contribui em torno de 60%. Na avaliação de Ramires, o consumo aumentou em cerca de 10% com a elevação da temperatura e o abastecimento está sendo feito com uma vazão de 10.500 litros por segundo.
Portanto, segundo ele, não há perigo da falta d’água na cidade, porque “todos os mananciais da Embasa estão dentro da normalidade”, mas quando falta água em alguns bairros é devido a problemas isolados, a exemplo deste recente em que faltou água em vários bairros do subúrbio, como Paripe, Plataforma e Itacaranha, Ilha Amarela, Rio Sena e Colinas de Periperi.
“Nós tivemos um problema na sexta-feira passada em uma rede que abastece o reservatório que distribui água para vários bairros do subúrbio. Foi detectada pelos técnicos uma válvula que apresentava defeito e durante o período de conserto a população ficou sem água”, afirmou o superintendente.
Ramires explicou o porquê de após a solução do problema ainda demorar para “cair água”, como alegam os moradores atingidos. “As pessoas têm que entender que o sistema de água é diferente do de luz, que na hora que conserta o problema volta tudo ao normal. Para recuperar o sistema de água, é diferente: quando ficam um período sem água, as redes ficam vazias , primeiro tem que encher todos os reservatórios para a água chegar às casas”.
O superintendente assegurou que foi isso que ocorreu no último final de semana, em que os técnicos trabalharam para consertar a válvula da adutora que abastece os bairros do subúrbio durante toda a madrugada de sábado e durante o dia, mas a água só chegou nas residências na segunda e terça-feira. Outro problema apontado por Ramires, ainda nesta semana, foi no bairro de Amaralina, na Rua Edgar Barros, onde, segundo informou, havia uma rede de ferro muito antiga, a equipe foi lá e identificou o problema. Neste caso, a instalação vai ser toda substituída. Ele assegurou que nos demais bairros está tudo normal, mas que qualquer problema as pessoas podem ligar para o 0800-555-195.
ÁGUA POTÁVEL JÁ É ALGO ESCASSO, MUNDIALMENTE.
“Menos de 1% da água do planeta pode ser consumida. A água é escassa, por isto que fazemos gestão de água “, disse o diretor do Ingá, Julio Rocha, afirmando que o maior potencial hídrico está na Amazônia, mas com a poluição se pode perder este potencial. Na avaliação do ambientalista os maiores problemas relacionados com a água são a escassez hídrica e a poluição hídrica, uma situação encontrada em várias regiões não só do Brasil como do mundo.
“O ser humano tem que resolver o problema com métodos e tecnologias para a preservação da água”, sintetizou o diretor do Ingá, lamentando que uma cidade como Salvador com os Rio Camurujipe e Rio das Pedras tenha que ser abastecida por rios fora do município, o Paraguassu, na Chapada, e o Joanes, nasce em São Francisco do Conde e desemboca em Lauro de Freitas e o Ipitanga, em Lauro de Freitas.
“Salvador não tem água porque os rios estão todos poluídos, tem que tirar água de outras cidades. Temos que tratar de nossos mananciais com urgência. Isto é coisa séria”, desabafa o ambientalista, relembrando um dado importante de que em 1905 o Rio das Pedras (também conhecido como Cascão) e o Camurujipe abasteciam a cidade.
O desafio do instituto, dirigido por Rocha, é de como lidar com o tema da água no século 21 e como melhorar o uso e eliminar o desperdício. Ele cita um exemplo terrível de desperdício no estado: 11 bilhões de litros de água são destinados ao plantio da soja no oeste, mas o Ingá está realizando um seminário para verificar o uso da água para fins econômicos, porque no oeste 89% está sendo destinado para agricultura irrigável e a média é se destinar 70%.
O diretor adiantou que dentre várias ações do instituto para a preservação da água estão a construção do Plano Estadual de Recursos Hídricos para avaliar os níveis atuais e futuros; o monitoramento da água que está sendo feito desde 2008; enquadramento dos rios para uma melhor qualidade; gestão participativa até 2010 com oito comitês de políticas públicas e “dialogar com a sociedade com o tema mata ciliares (vegetação que ocorre nas margens de rios e mananciais). Melhorar as condições das qualidades dos rios, protegendo suas margens e restaurando suas condições hídricas”, sinalizou.

Um comentário:

  1. companheiro venho atravezs desse comentario pedir socorro em itaparica o gerente daque omilha todos nos e muito ditador e como ele quer os tecerizados sofre mais ainda a tal da construtora vieira faz o que quer com a gente e ele diz que tem que ter disciplina afinal estamos mo quartel o decimo pogou no dia 24 de dezembro ameaçamos para ele disse que se parase cortava o dia de todos estamos omilhados sem niguem por nos nos socorra por amor de deus não posso me indenficar por represaria dele preciso de trabalha quando quiser venha na ilha que conto mas

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