FONTE: Noemi Flores (TRIBUNA DA BAHIA).
Os católicos vivem o período da Quaresma, que tem início na Quarta-Feira de Cinzas. É uma preparação para a Páscoa, com duração de 40 dias voltados para reflexão, jejum, penitência, fraternidade e caridade. Em sua mensagem da Quaresma, o cardeal arcebispo primaz do Brasil, dom Geraldo Majela, diz que “o tempo especial do Ano Litúrgico que nos leva à celebração da Páscoa, da Ressurreição do Senhor, é especial porque nos exorta à conversão de nossa vida. Sabemos como é fácil entrar em nossa vida a rotina de não nos examinarmos e não progredirmos em qualidade de vida cristã”.
Dom Geraldo anuncia que “há uma referência que está ao nosso alcance: a pessoa de Jesus Cristo, o evangelho do Pai, que ele não apenas pregou mas testemunhou com sua vida. Durante toda a Quaresma, ouviremos a exortação: ‘Hoje, não fecheis o vosso coração mas ouvi a voz do Senhor!´ O papa Bento XVI nos sugere em sua mensagem para a Quaresma deste ano o texto de Paulo aos Romanos 3,21-22: ‘A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo´.
É o tema vasto da justiça que está também dentro do tema da Campanha da Fraternidade deste mesmo ano: ‘Economia e vida - Não podemos servir a Deus e ao dinheiro.´”
A reparação para a Páscoa existe desde o tempo dos apóstolos, que limitaram sua duração a 40 dias, em memória do jejum de Jesus Cristo no deserto. É o momento do católico para a reflexão, a conversão espiritual, se aproximando de Deus como o objetivo de alcançar o crescimento espiritual. Para estes quarenta dias recolhimento espiritual, a proposta da Igreja Católica , por meio do Evangelho proclamado na Quarta-Feira de Cinzas, é para seguir três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade.
De acordo com a Bíblia, o significado dos 40 dias de penitência é porque o número quatro simboliza o universo material, o zero que o segue significa o tempo de nossa vida na Terra, suas provações e dificuldades. Consequentemente, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia.
Nela, é relatada as passagens dos 40 dias do dilúvio, dos 40 anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos 40 dias de Moisés e de Elias na montanha, dos 40 dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.
JEJUM - Para a Igreja, jejum é uma forma de sacrifício, mas também uma maneira de educar-se, de ir percebendo que o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma, se justificam as demais abstinências, elas têm a mesma função. Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa. Pela lei da igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 18 e 60 anos.
Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de acordo com suas disponibilidades.
Existe uma relação da Quaresma com a Campanha da Fraternidade, segundo a Igreja, porque a campanha é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão e renovação interior a partir da realização da ação comunitária, que para os católicos é a “verdadeira penitência que Deus quer em preparação da Páscoa”. Ela ajuda na tarefa de colocar em prática a caridade e ajuda ao próximo. É um modo criativo de concretizar o exercício pastoral de conjunto, visando a transformação das injustiças sociais.
PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA.
Os católicos vivem o período da Quaresma, que tem início na Quarta-Feira de Cinzas. É uma preparação para a Páscoa, com duração de 40 dias voltados para reflexão, jejum, penitência, fraternidade e caridade. Em sua mensagem da Quaresma, o cardeal arcebispo primaz do Brasil, dom Geraldo Majela, diz que “o tempo especial do Ano Litúrgico que nos leva à celebração da Páscoa, da Ressurreição do Senhor, é especial porque nos exorta à conversão de nossa vida. Sabemos como é fácil entrar em nossa vida a rotina de não nos examinarmos e não progredirmos em qualidade de vida cristã”.
Dom Geraldo anuncia que “há uma referência que está ao nosso alcance: a pessoa de Jesus Cristo, o evangelho do Pai, que ele não apenas pregou mas testemunhou com sua vida. Durante toda a Quaresma, ouviremos a exortação: ‘Hoje, não fecheis o vosso coração mas ouvi a voz do Senhor!´ O papa Bento XVI nos sugere em sua mensagem para a Quaresma deste ano o texto de Paulo aos Romanos 3,21-22: ‘A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo´.
É o tema vasto da justiça que está também dentro do tema da Campanha da Fraternidade deste mesmo ano: ‘Economia e vida - Não podemos servir a Deus e ao dinheiro.´”
A reparação para a Páscoa existe desde o tempo dos apóstolos, que limitaram sua duração a 40 dias, em memória do jejum de Jesus Cristo no deserto. É o momento do católico para a reflexão, a conversão espiritual, se aproximando de Deus como o objetivo de alcançar o crescimento espiritual. Para estes quarenta dias recolhimento espiritual, a proposta da Igreja Católica , por meio do Evangelho proclamado na Quarta-Feira de Cinzas, é para seguir três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade.
De acordo com a Bíblia, o significado dos 40 dias de penitência é porque o número quatro simboliza o universo material, o zero que o segue significa o tempo de nossa vida na Terra, suas provações e dificuldades. Consequentemente, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia.
Nela, é relatada as passagens dos 40 dias do dilúvio, dos 40 anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos 40 dias de Moisés e de Elias na montanha, dos 40 dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.
JEJUM - Para a Igreja, jejum é uma forma de sacrifício, mas também uma maneira de educar-se, de ir percebendo que o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma, se justificam as demais abstinências, elas têm a mesma função. Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa. Pela lei da igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 18 e 60 anos.
Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de acordo com suas disponibilidades.
Existe uma relação da Quaresma com a Campanha da Fraternidade, segundo a Igreja, porque a campanha é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão e renovação interior a partir da realização da ação comunitária, que para os católicos é a “verdadeira penitência que Deus quer em preparação da Páscoa”. Ela ajuda na tarefa de colocar em prática a caridade e ajuda ao próximo. É um modo criativo de concretizar o exercício pastoral de conjunto, visando a transformação das injustiças sociais.
PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA.
Começa no próximo dia 28, com o Domingo de Ramos, a programação da Semana Santa, período em que os católicos revivem o mistério da ressurreição, centro do cristianismo. O cardeal arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo, presidirá as celebrações na Catedral Basílica, no Terreiro de Jesus, mas em todas as paróquias também ocorrerão missas.
A Procissão de Ramos, às 8 horas, do Campo Grande à Praça Municipal, celebra a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, sendo saudado pelo povo como Rei dos Judeus. Estavam lá, principalmente, os jovens, e por isso o Papa realiza, neste dia, a Jornada Mundial da Juventude que tem ressonância em todo o mundo e também em Salvador. Os fiéis levam ramos verdes para a procissão, que tem início com a bênção dos mesmos e a proclamação do Evangelho que narra o episódio. Depois, a procissão se dirige para o lugar onde a Missa continuará sendo celebrada, com a proclamação da Paixão de Jesus Cristo seguida de todo o ritual da Eucaristia.
No dia 1º quinta-feira santa tem a Missa dos Santos óleos, às 8 horas na Catedral Basílica (Terreiro de Jesus), celebração que reúne todo o clero da Arquidiocese para, diante do Cardeal, renovar os votos sacerdotais, visto ser esta a missa que comemora a Instituição do Sacerdócio. Recebe este nome por ser nela que acontece a bênção dos óleos que serão usados durante o ano nas celebrações do Batismo, do Crisma, da Unção dos Enfermos e da Ordem.
Neste mesmo dia, às 19 horas, também na Catedral Basílica, haverá a missa do Lava-Pés, que celebra o gesto de humildade de Jesus Cristo, que antes de instituir a Eucaristia lava os pés dos seus apóstolos. A celebração do Lava-pés também comemora a Instituição da Eucaristia. Ao final, os altares são totalmente desnudados, ou seja, são tirados panos, flores e toda forma de decoração, em sinal de tristeza pela morte de Jesus Cristo.
Na Sexta-Feira da Paixão, tem a solenidade de Adoração da Cruz, às 16 horas, de novo na Catedral Basílica. Acontece uma solenidade onde é proclamado o Evangelho da Paixão de Jesus Cristo, seguido da adoração da Cruz. O Sagrado Madeiro é apresentado ao povo com o canto que diz: “Eis o Lenho da Cruz do qual pendeu a Salvação do Mundo”. Antes do encerramento, é distribuída a Eucaristia que foi consagrada no dia anterior. Esta Solenidade é seguida da Procissão do Senhor Morto, que sai às 17 horas da Igreja do Carmo e percorre as ruas do Centro Histórico.
No Sábado de Aleluia, as igrejas permanecem fechadas. É a referência litúrgica à presença de Jesus no sepulcro. À noite, às 20h, na Catedral Basílica, o povo se reúne para aquela que é considerada a maior de todas as noites no Ano Litúrgico: a noite da Vigília Pascal. A Igreja se reúne para fazer memória da libertação trazida por Cristo para toda a Humanidade.
A CELEBRAÇÃO É EM 4 ATOS.
1º . Bênção do Fogo Novo - Na porta da Igreja, o presidente da celebração abençoa o fogo aceso na fogueira e, com ele, acende um Círio Pascal (vela grande onde estão escritos os números do ano - no caso, 2008 - e as letras gregas Alfa e Ômega, Jesus é o princípio e o fim da História e a luz do mundo).
2º. Proclamação das leituras bíblicas - Dentro da Igreja são proclamadas leituras bíblicas que fazem lembrar desde a primeira Páscoa (a dos Judeus), que libertou o Povo de Deus da escravidão no Egito, até a Páscoa definitiva, ou seja, a libertação de todo homem da escravidão da morte pela Ressurreição de Cristo.
3º. Bênção da Água - Com esta água serão batizados os adultos (catecúmenos) na noite da Páscoa. Este costume remonta às primeiras comunidades cristãs.
4º CONTINUAÇÃO DA MISSA COMO DE COSTUME.
No domingo de Páscoa. 4 de abril, tem a Missa de Páscoa, às 10 horas, presidida por dom Geraldo Majella , e às 18 horas, presidida por monsenhor Ademar Dantas dos Santos, na Catedral Basílica.
A Procissão de Ramos, às 8 horas, do Campo Grande à Praça Municipal, celebra a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, sendo saudado pelo povo como Rei dos Judeus. Estavam lá, principalmente, os jovens, e por isso o Papa realiza, neste dia, a Jornada Mundial da Juventude que tem ressonância em todo o mundo e também em Salvador. Os fiéis levam ramos verdes para a procissão, que tem início com a bênção dos mesmos e a proclamação do Evangelho que narra o episódio. Depois, a procissão se dirige para o lugar onde a Missa continuará sendo celebrada, com a proclamação da Paixão de Jesus Cristo seguida de todo o ritual da Eucaristia.
No dia 1º quinta-feira santa tem a Missa dos Santos óleos, às 8 horas na Catedral Basílica (Terreiro de Jesus), celebração que reúne todo o clero da Arquidiocese para, diante do Cardeal, renovar os votos sacerdotais, visto ser esta a missa que comemora a Instituição do Sacerdócio. Recebe este nome por ser nela que acontece a bênção dos óleos que serão usados durante o ano nas celebrações do Batismo, do Crisma, da Unção dos Enfermos e da Ordem.
Neste mesmo dia, às 19 horas, também na Catedral Basílica, haverá a missa do Lava-Pés, que celebra o gesto de humildade de Jesus Cristo, que antes de instituir a Eucaristia lava os pés dos seus apóstolos. A celebração do Lava-pés também comemora a Instituição da Eucaristia. Ao final, os altares são totalmente desnudados, ou seja, são tirados panos, flores e toda forma de decoração, em sinal de tristeza pela morte de Jesus Cristo.
Na Sexta-Feira da Paixão, tem a solenidade de Adoração da Cruz, às 16 horas, de novo na Catedral Basílica. Acontece uma solenidade onde é proclamado o Evangelho da Paixão de Jesus Cristo, seguido da adoração da Cruz. O Sagrado Madeiro é apresentado ao povo com o canto que diz: “Eis o Lenho da Cruz do qual pendeu a Salvação do Mundo”. Antes do encerramento, é distribuída a Eucaristia que foi consagrada no dia anterior. Esta Solenidade é seguida da Procissão do Senhor Morto, que sai às 17 horas da Igreja do Carmo e percorre as ruas do Centro Histórico.
No Sábado de Aleluia, as igrejas permanecem fechadas. É a referência litúrgica à presença de Jesus no sepulcro. À noite, às 20h, na Catedral Basílica, o povo se reúne para aquela que é considerada a maior de todas as noites no Ano Litúrgico: a noite da Vigília Pascal. A Igreja se reúne para fazer memória da libertação trazida por Cristo para toda a Humanidade.
A CELEBRAÇÃO É EM 4 ATOS.
1º . Bênção do Fogo Novo - Na porta da Igreja, o presidente da celebração abençoa o fogo aceso na fogueira e, com ele, acende um Círio Pascal (vela grande onde estão escritos os números do ano - no caso, 2008 - e as letras gregas Alfa e Ômega, Jesus é o princípio e o fim da História e a luz do mundo).
2º. Proclamação das leituras bíblicas - Dentro da Igreja são proclamadas leituras bíblicas que fazem lembrar desde a primeira Páscoa (a dos Judeus), que libertou o Povo de Deus da escravidão no Egito, até a Páscoa definitiva, ou seja, a libertação de todo homem da escravidão da morte pela Ressurreição de Cristo.
3º. Bênção da Água - Com esta água serão batizados os adultos (catecúmenos) na noite da Páscoa. Este costume remonta às primeiras comunidades cristãs.
4º CONTINUAÇÃO DA MISSA COMO DE COSTUME.
No domingo de Páscoa. 4 de abril, tem a Missa de Páscoa, às 10 horas, presidida por dom Geraldo Majella , e às 18 horas, presidida por monsenhor Ademar Dantas dos Santos, na Catedral Basílica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário