quarta-feira, 24 de março de 2010

ONU QUER PARCERIA COM O BRASIL PARA MELHORAR TRATAMENTO DE USUÁRIOS DE DROGAS...

FONTE: Agência Brasil (TRIBUNA DA BAHIA).

O governo brasileiro recebeu nesta quarta-feira representantes do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e da OMS (Organização Mundial da Saúde). A missão internacional tem o objetivo de discutir um programa global conjunto voltado para a promoção do acesso ao tratamento e à assistência integral e humanizada para usuários de álcool e outras drogas.De acordo com o representante do Escritório Regional do Unodc para o Brasil e Cone Sul, Bo Mathiesen, o debate precisa envolver a atenção integral ao usuário de drogas, por meio do respeito aos direitos humanos."Trata-se da ampliação da perspectiva de futuro dessas pessoas, que têm uma doença tratável, mas que, muitas vezes, são marginalizadas. É preciso que governos, organismos internacionais e sociedade civil atuem em conjunto", afirmou. Mathiesen destacou desafios a serem considerados no cenário brasileiro, como o fato de o país fazer fronteira com três grandes produtores de cocaína --a Colômbia, o Peru e a Bolívia.Para o representante do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, José Luiz Telles, a cooperação internacional é fundamental, porque significa a união de esforços em busca de medidas para diminuir, por exemplo, o consumo de crack no país."Alcançamos um patamar razoável de assistência à saúde [dos usuários de drogas], mas sempre desejamos mais", acrescentou.O representante da Assessoria Internacional do ministério, Eduardo Botelho Barbosa, considera o tema "um verdadeiro desafio civilizatório" e destacou que é preciso ter consciência de que se trata de um problema de saúde pública global.
Ele reconheceu a necessidade de um olhar inovador sobre o cenário das drogas no país e avaliou que é preciso repensar as atuais abordagens. "Enfatizar o tratamento já é um passo importante, um desdobramento positivo porque representa uma abordagem inovadora", disse. "Temos que levar em conta as peculiaridades que existem no Brasil, políticas que o governo já desenvolveu", completou.

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