terça-feira, 23 de março de 2010

QUEM VAI A UNIDADE DE SAÚDE BUSCA SAÚDE...

As vezes fico a me perguntar o que pensam as pessoas que trabalham em unidades de saúde? Será que elas acham que não adoecem ou os cargos que ocupam são vitalícios e hoje estão por trás de um balcão na condição de atendente e amanhã pode estar do lado de fora na condição de um paciente qualquer?
A cerca de dez dias mais ou menos estive em determinada unidade de saúde (POSTO DE SAÚDE), e ao me dirigir ao balcão para poder dar o visto na requisição para ser atendido posteriormente por um especialista para o meu caso e me deparei com uma pilha de copos descartaveis em cima do balcão sem nenhuma proteção como se aqueles copos estivesses expostos para qualquer tipo de “animal” deles fazerem uso, pois um ser humano com certeza não era, perguntei a determinado funcionário se aquilo estava certo no que tive como resposta que a coisa já esteve pior, pois nem copo havia para o povo beber água, então disse a ele que era bem melhor não ter copo do que ter e eles ficarem expostos como estavam ali, logo atrás do local onde eu estava um pedreiro e seu ajudante removendo o piso que estava fofo para ser recolocado no local com segurança para funcionários e usuários do citado Posto, outro erro gravíssimo pois ali estavam crianças e pessoas idosas que poderiam sofrer de qualquer problema respiratório, ia ligar direto para secretaria Municipal de Saúde, mas, na hora veio uma idéia mais rápida e objetiva, perguntei quem comandava ou era responsável pela referida unidade de saúde, a mim foi indicada a sala onde estava a coordenadora do posto, esperei que ela atendesse uma senhora e fui convidado a ter acesso a sala e de imediato perguntei a ela o que ali funcionava, tive a resposta que era um Posto de Saúde, veio de minha parte então outra pergunta quem procura um Posto de Saúde está buscando o que? A pessoa titubeou e não me respondeu, então completei quem vem a um Posto de Saúde, quer saúde e fui falando que daquele jeito com aquele trabalho sendo realizado no meio de tanta gente não parecia ser uma unidade de saúde, e tive como resposta que era o único horário encontrado para realização da recuperação do piso e que não traria conseqüência nenhuma para quem ali estava.
Ponderei mais uma vez que ali poderia ter alguém com problemas respiratórios e ainda por cima existiam várias crianças (recém nascidas) e ainda idosos que poderiam piorar o quadro de saúde recebendo no peito toda aquela poeira que era levantada quando os trabalhadores faziam a varrição do local na tentativa de amenizar a situação.
Assim que conversei com a coordenadora do Posto ela, diga-se de passagem, me atendeu muitíssimo bem, atendendo de imediato o meu pleito e entendendo que realmente o serviço estava sendo realizado em horário impróprio, mas que não dependia dela e sim de outras pessoas, de imediato mandou que o trabalho parasse e tentou através de telefonemas por diversas vezes contato com os reponsaveis (sic) que liberam os pedreiros para o trabalho na tentativa de que eles retornassem em outro horário que não coincidisse com o atendimento ao público. Deixei a unidade de saúde, e deixei para trás o serviço parado, se recomeçou com minha saída não sei, mas fiz o que achei certo naquele momento e através do dialogo conseguir que não só os pacientes, mas também os funcionários que estavam incomodados com o barulho e a poeira pudessem trabalhar em paz.
Não sei como ainda existe a permissividade de determinadas pessoas vendo coisas acontecendo e deixam mesmo sabendo que aquilo está errado e não pode acontecer, cabia não a eu tomar aquela atitude, mas sim a própria coordenadora de fazer ver a quem quer que seja que o horário mais adequado para tal serviço seria um final de semana ou já no cair da tarde quando não mais existisse atendimento médico ao público que se faz presente diariamente naquela unidade de saúde.
Cabe também às pessoas saberem seus direitos e cobrá-los da melhor maneira possível que é o dialogo e não a violência como temos acompanhado milhares de casos espalhados pelo País afora, nada melhor do que a conversa para se chegar onde queremos, a violência de nada adianta.
Quero agradecer a coordenadora do Posto de Saúde, ela maneira gentil e cortes que me tratou e deixar a ela um lembrete que não aceite que estes tipos de trabalho aconteçam em horário normal de atendimento ao público e aos funcionários que também estiveram solícitos quando deles precisei, já à Secretaria de Saúde do Município um alerta que fiscalize todos os Postos para ver se não tem em algum deles trabalho de pedreiro sendo realizado em horário normal.
Pois, QUEM VAI A UNIDADE DE SAÚDE BUSCA SAÚDE.

OBS.: Preferir não divulgar o nome e local do referido Posto de Saúde, para evitar que sua coordenadora tenha algum tipo de punição pois sei muito bem que neste País sempre sobra para quem menos tem culpa, e no caso relatado acima os maiores culpados foram aqueles que enviaram os pedreiros para fazerem a recuperação do piso em horário onde haviam médicos atendendo e pessoas das mais diversas faixas etárias aguardando atendimento.
Quem na realidade deveria ser punido são os que mandam, não os que obedecem com receio de perder o cargo em que está respondendo naquele momento.

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