quarta-feira, 12 de maio de 2010

BUSCA POR DOADORES DE SANGUE...

FONTE: Maria Rocha, TRIBUNA DA BAHIA.

Já que o doador não vai até o Hemoba, o Hemoba vai à procura de doadores. Com uma unidade móvel a Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia continua buscando pessoas interessadas em ajudar a quem precisa. O objetivo da campanha é sensibilizar a população a se tornar um doador voluntário. O Hemóvel que este mês já passou pela Unijorge ficará até amanhã, às 15h na Ucsal em Pituaçu. Depois segue para a Unime em Lauro de Freitas, do dia 18 à 20 vai até São Francisco do Conde, nos dias 25, 26 e 27 na FIB e 29 na paróquia Nossa Senhora de Brotas.
A instituição que deveria trabalhar diariamente com 250 bolsas de sangue disponibiliza na verdade apenas, 150 para atender a demanda diária de emergência em Salvador. Número considerado baixo principalmente com a aproximação dos festejos juninos, época inclusive em que aumenta a ocorrência de acidentes.
“Eu sempre tive receio de doar sangue, admito que por falta mesmo de informação. Na minha sala duas amigas minhas são doadoras há muito tempo, então tomei coragem e vir me candidatar. Espero poder ajudar alguém com essa decisão que tomei. Seria importante que todos fizessem o mesmo”, ressaltou a estudante de Direito, Fernanda Souza, 23 anos. Segundo a coordenadora de captação, Ruth Gomes, além dos mitos, a falta de informação é o principal motivo das pessoas não se comprometerem com a causa. “Já que existe essa dificuldade, temos de fazer um trabalho educativo para sensibilizar a população. A campanha nas universidades tem surtido um efeito positivo. Na Unijorge, em apenas um dia coletamos 78”.
Conforme Ruth muita gente aguarda a reação de quem doou para então tomar atitude e fazer o mesmo. “Muitos esperaram o colega no dia seguinte para então nos procurar e também doar”, completou a coordenadora.
A média diária das unidades móveis coletarem é de 50 bolsas. Na Unijorge no dia que foram coletadas 78 bolsas, 102 estudantes se candidataram, mas nem todos puderam doar. “Alguns apresentaram um quadro de gripe, alergia, colocaram piercing recentemente. Por conta disso tivemos de descartá-los na triagem”, completou Ruth.
Qualquer pessoa pode doar basta estar munido de documento de identidade ou qualquer outro documento oficial com foto; Estar bem de saúde, menos de 65 anos, se for detectado na triagem que o doador está com algum processo infeccioso, febre, gripe, corte em alguma parte do corpo, etc... ele será considerado inapto. O peso mínimo do doador deve ser de 50 kg e ele não pode estar em jejum. “O Hemoba tem grande necessidade de doadores, de qualquer grupo sanguíneo. Uma bolsa pode salvar a vida de até quatro pessoas”, pontuou Ruth.
No ano de 2009, apenas 1,53% da população de Salvador doou sangue, realidade que segundo os profissionais do Hemoba tem que ser modificada o mais rápido possível. “O nordestino como um todo não tem a cultura de doar sangue, a não ser quando tem algum parente ou amigo em apuros.
No Sul e Sudeste já é mais comum esse empenho. Nosso trabalho de criar multiplicadores, desenvolvido com os líderes comunitários é para educar a população da importância do ato e tentar modificar essa realidade”, informou Ruth Gomes.

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