segunda-feira, 17 de maio de 2010

DIA MUNDIAL CONTRA HOMOFOBIA É HORA DE REFLEXÃO...

FONTE: mixbrasil.uol.com.br
Combate ao preconceito contra LGBT ganha mais força em ano de eleição.
Nesta segunda, 17, o mundo inteiro celebra o Dia de Luta contra a Homofobia. O dia escolhido para relembrar a importância de se combater toda e qualquer atitude discriminatória com base em orientação sexual é o mesmo em que, em 1990, a Organização Mundial da Saúde retirou a homossexualidade de sua lista de doenças mentais.Aqui no Brasil como em vários outros países, a data é oportunidade para fazer com que sociedade civil e governos olhem com mais atenção a questão, já que todos os dias homossexuais são agredidos física e moralmente por serem quem são. Lembrar que ainda hoje 76 países criminalizam a homossexualidade e que altos números de assassinatos de pessoas LGBT são registrados todos os anos são outros motivos que não podem fazer com que o 17 de maio passar em branco, assim como a maneira como a homossexualidade é tratada por igrejas das mais variadas denominações, os suicídios de jovens gays não aceitos em casa ou na escola e a não garantia de direitos civis. Só no Brasil, são cerca de 78 direitos a que o cidadão homossexual simplesmente não tem acesso, boa parte deles decorrente da não permissão para o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A situação é preocupante e demanda participação ativa de todos as pessoas, gays ou não, para a construção de uma sociedade sem cidadãos considerados de segunda classe.A luta é braba, mas vale a pena quando vemos surgir algumas iniciativas que podem ser traduzidas como luzes no fim do túnel. O STJ, por exemplo, este ano abriu precedente que pode facilitar o processo para casais gays que queiram adotar crianças ao dar o direito a um casal lésbico de registrar filhos nos nomes das duas mães. Outra história que deve ser comemorada por colaborar com a diminuição do preconceito é que a Agência Nacional de Saúde recentemente determinou que planos de saúde devem aceitar a inclusão de dependentes homossexuais, assim como a dos 10 estados brasileiros que passaram a aceitar nomes sociais de travestis e transexuais nos registros escolares. Esses e outros casos podem até ser uma dica do caminho que deve ser trilhado, mas não dá para esquecer que os poderes legislativos e executivos brasileiros ainda engatinham quando o assunto é direito gay. Não dá para esquecer que o PLC 122, projeto de lei que criminaliza a homofobia, está emperrado há anos em Brasília. E como este é ano de eleição, nada melhor do que aproveitar o 17 de maio para pensar em quais candidatos poderão se engajar seriamente em colocar o Brasil ao lado de países que enxergam os LGBT como pessoas iguais a todas as outras.

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