sexta-feira, 14 de maio de 2010

PAÍS TEM 2 MILHÕES DE INFECTADOS...

FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.

Há cerca de 350 milhões de portadores crônicos da Hepatite B no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde; 2 bilhões já tiveram contato com o vírus e no Brasil há aproximadamente 2 milhões de infectados. Já com hepatite C tem cerca de 200 milhões de portadores no mundo, sendo que a doença se constitui na maior causa de cirrose e câncer de fígado.
Para chamar a atenção da população sobre o perigo da doença, que se descoberta a tempo tem cura, é que acontece a Semana Estadual das Hepatites Virais, no período de 16 a 21 deste mês, promovida pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), através do Programa Estadual das Hepatites Virais, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, Hemoba e membros do Comitê Estadual de Prevenção e Controle das Hepatites Virais com uma extensa programação que começa neste domingo, com duas caminhadas, das 8h30 às 10h30: a primeira do Farol da Barra ao Cristo, e a segunda do Jardim de Alah ao Aeroclube.
Maria Helena Macedo, coordenadora do Programa de Hepatites Virais da Sesab, falou que são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo fígado, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes, porém com importantes peculiaridades. No Brasil, há grande variação regional na prevalência de cada um dos agentes etiológicos.
De acordo com Macedo, existem vários tipos de hepatites, mas as mais comuns são a A, B e C. No caso da hepatite A, “geralmente a cura é espontânea, o tratamento é sintomático, o próprio organismo reage e cura. A hepatite B também o sistema imunológico reage, mas em alguns indivíduos não, se não tratar depois de seis meses a doença torna-se crônica e o indivíduo pode não apresentar sintomas, no entanto transmite a outras pessoas e o vírus é 100 vezes mais infectivo que o HIV (Aids)”, advertiu.
Na Bahia tem 2.171 casos de Hepatite C que segundo a coordenadora “é a mais lenta, demora mais de aparecer, levando de 10 a 15 anos, e não há vacina como no caso da Hepatite B ”. As descobertas destas doenças geralmente acontecem, segundo Macedo, quando as pessoas vão fazer check-up e exames especiais.
Os sintomas são semelhantes a outras doenças: febre, dores nas articulações e nos músculos, dor de cabeça. Em alguns casos os olhos ficam amarelados ou esverdeados, de acordo com a coordenadora, para quem “ tem que ser feito o exame laboratorial para saber qual o tipo se agudo ou crônico”, sinalizou.
O tratamento para a Hepatite C pode ser feito em 12 meses mas Maria Helena frisou que é muito caro “e nem sempre o paciente fica curado. Quando o tratamento não faz efeito aí tem que parar, se não tiver respondendo e estudar para ver se vai fazer o retratamento”, explicou, acrescentando que no caso do tratamento ocorrer em tempo e o paciente seguir rigorosamente a orientação e prescrição a cura acontece em dois anos.
SECRETARIA OFERECE TESTE RÁPIDO.
De 17 a 21 deste mês, a população poderá realizar teste rápido para hepatites B e C nas seguintes unidades de Saúde: 6º. Centro Rodrigo Argolo - Cabula; 7º. Centro Hélio Machado - Itapuã; Centro de Saúde Adroaldo Albergaria - Periperi. Nas unidades do 15º. Centro de Saúde - Vale das Pedrinhas, 18º. Centro de Saúde - Fazenda Grande, Centro de Saúde 7 de Abril e Centro de Saúde Carlos Gomes, serão coletadas amostras para serem encaminhadas ao Laboratório Central (Lacen). No interior, ações serão desenvolvidas pelos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), Serviços de Assistência Especializada (SAE) e Centros de Referência de Hepatites Virais dos municípios.

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