domingo, 9 de maio de 2010

SÓ BOM SEXO FAZ BEM À SAÚDE...

FONTE: Arlete Gavranic (www2.uol.com.br).

A prática sexual pode trazer benefícios à saúde, entre eles:
- Melhora o humor, pois o prazer libera endorfinas e ajuda a regular o nível de serotonina (neurotransmissor relacionado ao humor),
- Reduz a tensão corporal,
- Ajuda a desobstruir os poros. A excitação gera um aumento do suor que limpa e renova a pele e ajuda a eliminar células mortas;
- Segundo o próprio Ministro da Saúde José Gomes Temporão, ajuda a reduzir a hipertensão.
Mas falar que sexo faz bem à saúde parece reducionismo. O senhor ministro esqueceu ou talvez desconheça os índices de disfunções sexuais dos brasileiros. Isso faz com que a atividade sexual nem sempre seja uma busca despreocupada ou revigorante. Muitas vezes o sexo torna-se fonte de conflito e ansiedade em relação às dificuldades de desempenho sexual.
Estima-se que perto dos 50% dos casais apresentam algum tipo de disfunção/dificuldade sexual. Essa estimativa esta baseada nos índices relatados pela Sociedade Brasileira de estudos da Sexualidade Humana (SBRASH), pelos resultados de pesquisas do Prosex (USP) e da Sociedade Brasileira de Urologia.
As estimativas apontam que 25% a 30% das mulheres têm dificuldade de atingir o orgasmo. Nos homens a disfunção de ereção beira os 22% e a ejaculação precoce 25%.
Frente a esses dados seria leviano demais achar que o sexo resolverá ou minimizará os problemas de saúde e de hipertensão da população, pois as dificuldades sexuais também são um problema de saúde e que em muitas situações são geradores de mais ansiedade e insatisfações, e consequentemente de tensão e até hipertensão; principalmente nas classes sociais que mais dependem dos serviços públicos de saúde. A sexologia médica ou a área de terapia sexual ainda é quase nula no setor público.
Sou psicóloga e terapeuta sexual, coordenadora de curso de pós-graduação em terapia sexual em uma faculdade de medicina. Por isso posso afirmar que uma boa vivência da sexualidade traz inúmeros benefícios à saúde física e emocional. Mas sexo sem qualidade e sem um desempenho desejado e satisfatório pode trazer um número maior de conflitos e somatizações.
Cabe agora ao Ministério da Saúde entender que sexo também precisa ter atendimento médico/psicológico para garantir mais um padrão de saúde para o povo brasileiro.

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