FONTE: Ivan de Carvalho, TRIBUNA DA BAHIA.
Pode ser uma análise correta, pode não ser. Mas não há dúvida nenhuma de que é feia. Porque é como se quem a faz dissesse: “Se for assim, nós vamos perder”.
Explicando. Comenta-se em todos os quadrantes da política baiana que o PSB e sua candidata ao Senado, a deputada e ex-prefeita Lídice da Mata, não querem porque não querem que o deputado petista Walter Pinheiro seja o outro candidato a senador da coligação governista.
Houve reunião do PT, PSB, PC do B e PDT exatamente para que o primeiro destes partidos ficasse sabendo em detalhes o pensamento dos demais a respeito da candidatura de Walter Pinheiro ao Senado – como nos bastidores se afirma que deseja o governador Jaques Wagner – na mesma chapa de Lídice da Mata.
O pensamento daqueles três partidos aliados do PT e da própria Lídice – quanto ao pensamento desta, não se trata de telepatia, mas de uma presunção baseada em lógica cristalina – é simples e complexo ao mesmo tempo.
Tento enunciá-lo à maneira simples. Walter Pinheiro é do PT, contaria com o entusiasmo da militância e dos simpatizantes deste partido, seria preferencial (suponho que todo mundo vai negar isso) na chapa governista para o Senado, o que não significa que Lídice seria abandonada.
Além disso, obteve 200 mil votos nas eleições de 2006 para deputado federal e foi candidato a prefeito de Salvador em 2008, chegando ao segundo turno, no qual finalmente amargou a derrota ante o prefeito peemedebista (que o PT refugara) João Henrique. Pinheiro está – sem trocadilho – bem plantado na capital, justamente a área de Lídice, a quem faria, portanto, uma companhia inconveniente.
Para completar, Pinheiro e Lídice são de “esquerda”, disputam votos na mesma área. Não sei de onde se tirou a ideia de que a tendência seria a eleição de um senador de “esquerda” e outro de “centro”, mas há muita gente pensando assim e para essa gente o fato de um candidato de “esquerda” ser preferencial funciona quase que como uma condenação eleitoral para o outro pretendente de “esquerda”.
PSB, PC do B e PDT (mas este com extrema moderação) estão cobrando um entendimento antigo entre os partidos da coligação, entendimento segundo o qual nenhum partido deveria ter mais de um integrante na chapa governista que disputará as eleições majoritárias. O PT já tem o governador candidato à reeleição, o PP tem o candidato a vice, o PSB tem uma candidata a senadora, como é que o PT, que já tem o principal nome da chapa, vai incluir nela um segundo quadro seu? – questionam os aliados de “esquerda”.
Como? Sendo o partido do governador, de longe o maior dos partidos governistas de “esquerda” e ainda tendo as simpatias da direção do PP, pela palavra do presidente estadual Mário Negromonte, para Walter Pinheiro.
Pode ser uma análise correta, pode não ser. Mas não há dúvida nenhuma de que é feia. Porque é como se quem a faz dissesse: “Se for assim, nós vamos perder”.
Explicando. Comenta-se em todos os quadrantes da política baiana que o PSB e sua candidata ao Senado, a deputada e ex-prefeita Lídice da Mata, não querem porque não querem que o deputado petista Walter Pinheiro seja o outro candidato a senador da coligação governista.
Houve reunião do PT, PSB, PC do B e PDT exatamente para que o primeiro destes partidos ficasse sabendo em detalhes o pensamento dos demais a respeito da candidatura de Walter Pinheiro ao Senado – como nos bastidores se afirma que deseja o governador Jaques Wagner – na mesma chapa de Lídice da Mata.
O pensamento daqueles três partidos aliados do PT e da própria Lídice – quanto ao pensamento desta, não se trata de telepatia, mas de uma presunção baseada em lógica cristalina – é simples e complexo ao mesmo tempo.
Tento enunciá-lo à maneira simples. Walter Pinheiro é do PT, contaria com o entusiasmo da militância e dos simpatizantes deste partido, seria preferencial (suponho que todo mundo vai negar isso) na chapa governista para o Senado, o que não significa que Lídice seria abandonada.
Além disso, obteve 200 mil votos nas eleições de 2006 para deputado federal e foi candidato a prefeito de Salvador em 2008, chegando ao segundo turno, no qual finalmente amargou a derrota ante o prefeito peemedebista (que o PT refugara) João Henrique. Pinheiro está – sem trocadilho – bem plantado na capital, justamente a área de Lídice, a quem faria, portanto, uma companhia inconveniente.
Para completar, Pinheiro e Lídice são de “esquerda”, disputam votos na mesma área. Não sei de onde se tirou a ideia de que a tendência seria a eleição de um senador de “esquerda” e outro de “centro”, mas há muita gente pensando assim e para essa gente o fato de um candidato de “esquerda” ser preferencial funciona quase que como uma condenação eleitoral para o outro pretendente de “esquerda”.
PSB, PC do B e PDT (mas este com extrema moderação) estão cobrando um entendimento antigo entre os partidos da coligação, entendimento segundo o qual nenhum partido deveria ter mais de um integrante na chapa governista que disputará as eleições majoritárias. O PT já tem o governador candidato à reeleição, o PP tem o candidato a vice, o PSB tem uma candidata a senadora, como é que o PT, que já tem o principal nome da chapa, vai incluir nela um segundo quadro seu? – questionam os aliados de “esquerda”.
Como? Sendo o partido do governador, de longe o maior dos partidos governistas de “esquerda” e ainda tendo as simpatias da direção do PP, pela palavra do presidente estadual Mário Negromonte, para Walter Pinheiro.
Alguma coisa contra?
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