sábado, 12 de junho de 2010

AS CONVENÇÕES DE HOJE NA BAHIA...

FONTE: Ivan de Carvalho, TRIBUNA DA BAHIA.

O candidato da coligação DEM-PSDB a governador da Bahia, Paulo Souto, disse ontem que seu partido, o Democratas, poderá sair de sua convenção, a realizar-se no começo da manhã, com chapa completa para as eleições majoritárias, mas ele não considera isto essencial, pois a convenção poderá dar uma delegação à direção partidária para escolher o nome que ontem não estava definido – o de um dos dois candidatos a senador.
A coligação DEM-PSDB tem definidos há algum tempo os nomes do ex-governador Paulo Souto para governador, do ex-governador Nilo Coelho para vice-governador e do ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, para uma das duas cadeiras de senador em disputa.
Paulo Souto, presidente estadual do DEM, conversava com o apresentador Mário Kertész, em programa da Rádio Metrópole, na manhã de ontem. Paulo Souto disse ainda que, na convenção nacional do PSDB, também pode não haver o anúncio de um nome para vice-presidente na chapa de José Serra e considerou que, como no caso baiano, o anúncio do candidato a vice na convenção de hoje não é essencial.
A coligação PSDB-DEM e que vai incorporar também o PPS e o PTB, pelo menos (entre partidos expressivos), não tinha até ontem uma escolha conhecida de candidato a vice-presidente da República. O candidato a presidente, ex-governador paulista José Serra, parecia, nos últimos dias, admitir um anúncio do vice posterior à convenção.
É importante que a convenção de lançamento do principal candidato de oposição a presidente da República se realize na Bahia, um estado inserido na região Nordeste do país, onde o governo e sua candidata Dilma Rousseff têm grande vantagem nas pesquisas eleitorais.
O gesto, de forte conteúdo político como sinalização ao Nordeste no sentido de que terá grande importância num eventual governo de Serra, criou preocupação no lado governista, razão pela qual montou-se claramente uma operação que envolveu o presidente Lula e o governador Jaques Wagner, no sentido de neutralizar, tanto quanto possível, o impacto político da opção de localização da convenção de formalização da candidatura de Serra.
O lado mais notório dessa operação foi a visita à Bahia, na quinta-feira (antevéspera da convenção tucana), do presidente Lula, para a inauguração de reforma do Palácio Rio Branco e um monte de promessas, entre elas a de dinheiro para recuperação e revitalização do Pelourinho.
Misteriosos foram os caminhos que juntaram, numa só área de Salvador, a Barra, no mesmo dia, a convenção que lançará Serra e a Marcha para Jesus, uma iniciativa da Igreja Renascer, que deverá reunir uma enorme multidão (convém não citar números antecipadamente). A convenção, como tantos eventos dessa natureza, tem uma afluência humana bem menor – são esperadas cinco a seis mil pessoas. Os tucanos farão a convenção no Clube Espanhol na parte da manhã, com previsão de conclusão até as 13:30 horas, aproximadamente. A Marcha para Jesus tem previsão de começar às 14 horas.
O difícil é saber se há aí política de Deus ou política dos homens – o casal fundador da Renascer já fez oração pela campanha de Dilma em presença da candidata.

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