segunda-feira, 14 de junho de 2010

PESQUISA REVELA QUE MENINAS SE ENVOLVEM CADA VEZ MAIS COM CRIME...

FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.

Brasília -
Meninas que participam de gangues buscam uma visibilidade social que não encontram na escola ou em áreas públicas da cidade. É o que constata um estudo da Central Única das Favelas (Cufa) e da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), com apoio da Subsecretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria de Direitos Humanos, com 13 das principais gangues de Brasília (DF). O estudo virou livro - Gangues, Gênero e Juventude: Donas de Rocha e Sujeitos Cabulosos - lançado hoje (14).
Segundo a subsecretária de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria de Direitos Humanos, Carmem Oliveira, grande parte das meninas que entram em gangues o faz para poder se apoderar de atributos masculinos, “como circular pela cidade de foma mais livre, além do desejo de superar alguns atributos femininos como não ser boazinha - ela tem que ser 'marrenta', não chorar, tem que mostrar que é forte, não pode ser fofoqueira”, afirmou.
Ela disse que as meninas são mais vulneráveis à violência do que os meninos porque elas ocultam das famílias as atividades dentro das gangues. “Elas [as meninas] mentem, dizem que vão para a casa da avó quando vão fazer uma pichação de madrugada. Por isso elas estão mais vulneráveis, porque ninguém sabe onde elas estão”, explicou.
A subsecretária informou que está crescendo o número de meninas atendidas pelo programa de Proteção a Jovens e Adolescentes. Passou de 4% em 2003 para 24% em 2010.

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