quinta-feira, 10 de junho de 2010

TJ-SP DECIDE LEVAR CARLA CEPOLLINA A JÚRI POPULAR PELA MORTE DO CORONEL UBIRATAN...

FONTE: Do UOL Notícias, em São Paulo (noticias.uol.com.br).

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu na manhã desta quinta-feira (10) levar a júri popular a advogada Carla Cepollina, acusada pela morte do coronel Ubiratan Guimarães. O crime aconteceu em setembro de 2006 e Cepollina responde em liberdade. A decisão dos desembargadores foi unânime --3 votos a 0.“Há prova inequívoca da materialidade do delito e indícios suficientes de autoria contra a advogada Carla Cepollina para mandá-lo a Júri popular”, afirmou o relator do recurso, desembargador Souza Nery. Os dois outros julgadores, Roberto Midola e Francisco Bruno, seguiram o relator.O advogado de Cepollina, o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, sustentou a tese de que não havia indícios, muito menos prova da participação de sua cliente no assassinato do coronel e levou sua argumentação para o caso de outra pessoa ser a autora do delito criminoso.
“Quantas pessoas não acalentavam o sonho de matar o coronel Ubiratan, um homem marcado pela morte de 111 presos no famoso massacre do Carandiru”, afirmou Thomaz Bastos. Ele destacou ainda o momento em que ocorreu o crime num ano marcado pelos atentados da facção criminosa PCC, que atua dentro e fora dos presídios paulistas.A defesa de Cepollina não pode mais recorrer no TJ, apenas em instância superior. Ainda não há uma data para o julgamento.Por ora, fica anulada a sentença em primeira instância do juiz Alberto Anderson Filho, então alocado no 1º Tribunal do Júri, que afirmou que não existiam elementos para levar a suspeita ao júri. O Ministério Público, por meio do procurador Rubem Ferraz de Oliveira, apelou da decisão.
Em seu parecer, assinado no dia 13 de abril, Oliveira considerou um "deslize" a decisão de Anderson Filho. Para ele, os desembargadores do tribunal deveriam reformar, ou seja, mudar, a "assustadora decisão" do 1º Tribunal do Júri, "restaurando-se, assim, a Justiça vilipendiada pela intranquilizadora decisão".Em 2006, a Promotoria acusou Cepollina pela morte do então namorado, conhecido por ter comandado o massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 detentos, em 1992. Ela, que responde por homicídio duplamente qualificado, motivado por vingança, nega as acusações.O coronel Ubiratan Guimarães foi morto com um tiro no abdome, no dia 9 de setembro de 2006, em seu apartamento nos Jardins, região nobre de São Paulo.

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