segunda-feira, 12 de julho de 2010

HEPATITES, GRUPO REALIZA SEMANA DE DIVULGAÇÃO...

FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.

O Grupo Vontade de Viver de Apoio aos Portadores de Hepatites Virais, uma entidade sem fins lucrativos que detém título de utilidade pública municipal, estadual e federal, realiza de 25 a 28 de julho a VIII Semana Baiana de Divulgação das Hepatites Virais, englobando o Dia Internacional de luta contra as hepatites virais, que ocorre no dia 28.
De acordo com o presidente da entidade, Romulo Corrêa, até ontem já tinha definido para a campanha anual deste evento as seguintes atividades; divulgação nas cinco principais TVs da Bahia, de um VT sobre a prevenção das hepatites virais;divulgação nas cinco maiores rádios da Bahia, de 11 “spots” sobre a prevenção das hepatites virais;divulgação em 20 “busdoors” de cartaz sobre a prevenção das hepatites virais e sobre a VIII Semana Baiana de Divulgação das Hepatites Virais.
Além desta divulgação testes também serão realizados, pois vai acontecer “a participação em campanha promovida pelo Sesc nas unidades: Centro, Rua Chile, Aquidabã, Comércio e Nazaré”, afirmou o presidente, acrescentando que está incluído também o fornecimento de “testes rápidos” de hepatite C para o CTA/SAE do município de Senhor do Bonfim-BA.
Já no dia 28, Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, o presidente da entidade vai participar de um evento promovido pela Coordenação do Programa Municipal de DST/Aids de Camaçari-BA e também do evento promovido pelo Ministério da Saúde/Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, em Brasília-DF. Corrêa informou ainda que haverá uma reunião da diretoria do Grupo Vontade de Viver, amanhã, para decidir que ações adicionais poderão ser feitas ainda durante a campanha.
O presidente da entidade enfatiza que o trabalho do grupo, que define como: “somos uma entidade que dá apoio aos portadores de hepatites virais. Não cobramos pelos nossos serviços, nos mantendo com doações voluntárias”.
Sobre a doença, ele explica que “como as hepatites virais, na maioria dos casos, não dão sintomas, é muito importante que as pessoas façam o teste de detecção. A vacinação contra a hepatite B deve ser estimulada. As hepatites virais, principalmente as do tipo B e C, podem provocar cirrose hepática e câncer. Por isto a prioridade do Grupo Vontade de Viver em atividades de prevenção”.

UMA DOENÇA QUE SE ESCONDE.
A hepatite é uma doença silenciosa cujos sintomas só aparecem após muito tempo de contato com o vírus. Existem cerca de 350 milhões de portadores crônicos da Hepatite B, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde e 2 bilhões já tiveram contato com vírus e no Brasil há aproximadamente 2 milhões de infectados; e com hepatite C cerca de 200 milhões de portadores no mundo, na Bahia tem 2.171 casos, sendo que a doença se constitui na maior causa de cirrose e câncer de fígado.
De acordo com a Coordenação do Programa de Hepatites Virais da Secretaria de Saúde do Estado ( Sesab) são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo fígado, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes, porém com importantes peculiaridades. No Brasil há grande variação regional na prevalência de cada um dos agentes etiológicos.
Existem vários tipos de hepatites, mas as mais comuns são a A, B e C. No caso da hepatite A, geralmente a cura é espontânea, o tratamento é sintomático, o próprio organismo reage e cura . A hepatite B também o sistema imunológico reage, mas em outros indivíduos não, se não tratar depois de seis meses a doença torna-se crônica e o indivíduo pode não ter sintomas, no entanto transmite a outras pessoas e o vírus é 100 vezes mais infectivo que o HIV (Aids).
No caso da hepatite C trata-se da mais lenta, demora mais de aparecer até 10 a 15 anos, não há vacina como no caso da hepatite B que tem. As descobertas destas doenças geralmente acontecem quando as pessoas vão fazer check-up e exames especiais.
Os sintomas são semelhantes a outras doenças febre, dores nas articulações e nos músculos, dor de cabeça. Em alguns casos os olhos ficam esverdeados, amarelados e o paciente tem que fazer o exame laboratorial para saber qual o tipo se agudo ou crônico.

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