sexta-feira, 16 de julho de 2010

PRÉ-ECLÂMPSIA MATA AO MENOS DUAS GESTANTES POR DIA NO BRASIL...

FONTE: DA REDAÇÃO (noticias.uol.com.br).
Poucos casais que planejam ter filhos já ouviram falar em pré-eclâmpsia. Mas a doença, que acomete 5% das gestações em todo o mundo, é a principal causa de mortalidade materna no Brasil – ao menos duas mulheres morrem a cada dia por causa do problema, segundo o professor do departamento de obstetrícia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Nelson Sass. O médico preside o 1º Simpósio Internacional de Pré-Eclâmpsia, realizado neste fim de semana em São Paulo.
“Identificar precocemente a doença é fundamental para proteger a mãe e o bebê”, diz o médico. As consequências graves da pré-eclâmpsia para a mulher fazem dessa condição a principal causa de partos prematuros no país, com risco de danos neurológicos para a criança.

A enfermidade é caracterizada por pressão alta e perda de proteínas pela urina, consequência de falhas na filtragem que é feita pelos rins. Ainda não se sabe ao certo a causa da doença, apenas que se trata de uma espécie de reação exagerada do organismo da mulher ao feto. A propensão é maior entre gestantes hipertensas, com excesso de peso e cujas mães tiveram o problema.
Após iniciado o processo inflamatório, há risco de complicações como falência renal, insuficiência hepática, convulsões (eclâmpsia) e acidente vascular cerebral. Vale destacar que nem todo aumento de pressão na gravidez é sinônimo de pré-eclâmpsia.

EVOLUÇÃO SILENCIOSA.
Sass esclarece que a doença começa assim que o embrião chega ao útero, mas os sintomas só começam a aparecer a partir da 20ª semana de gestação. Algumas mulheres apresentam sinais de que a pressão aumentou, como dor de cabeça, tontura e visão borrada. Muitas também apresentam inchaço e ganho de peso repentino, decorrente da retenção de líquido, mas não levam os sintomas a sério por achar que fazem parte da gravidez. “É uma doença silenciosa, por isso é tão preocupante”, comenta.
Em geral, a pré-eclâmpsia é controlada com medidas paliativas, como o uso de medicamentos para baixar a pressão e evitar convulsões. Em alguns casos, também é indicada a aplicação de corticoide para melhorar o desenvolvimento do bebê. O problema, segundo o médico, é que muitas mulheres chegam ao hospital com os sintomas em estágio avançado e, nesses casos, a única alternativa é afastar da mulher o foco da inflamação, que é a placenta, imediatamente. Em outras palavras: é preciso antecipar o parto para evitar a morte da mãe e/ou do bebê.

EXAMES.
Atualmente, o diagnóstico da pré-eclâmpsia é clínico (feito em consultório) e confirmado por exames que detectam a presença de proteínas na urina. Um dos tópicos do simpósio é a existência de marcadores no sangue que podem facilitar a detecção de alterações na placenta antes que os sintomas físicos da doença apareçam.
Como não há meios de prevenir a pré-eclâmpsia, Sass ressalta que a gestante deve ficar atenta a qualquer sintoma diferente e relatar ao profissional que a acompanha. “Na dúvida, é melhor procurar o médico logo do que esperar pela consulta seguinte do pré-natal”.

Um comentário:

  1. quando entrei no nono mês de gestação eu tive eclâmpisia, sindrome de relp.hoje agradeço a Deus todos os dias por ter me permitido voltar a vida passei 19 dias em coma na uti, tive avc, insuficiencia renal graças a Deus fiquei sem sequelas para podder cuidar do meu filho, fazem 7anos hoje me tornei uma enfermeira par poder retribuir o que um dia fizeram por mim.

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