sábado, 6 de novembro de 2010

ENJOO MATINAL DURANTE A GRAVIDEZ É GENÉTICO, DIZ PESQUISA...

FONTE: DA REUTERS (www1.folha.uol.com.br).

A chance de uma mulher sentir náuseas fortes durante a gravidez parece ser influenciada, pelo menos em parte, pela genética, defende um novo estudo.
Pesquisadores descobriram que algumas mulheres tinham mais probabilidade de desenvolver um tipo grave de enjoo matinal, caso suas mães ou irmãs tivessem sofrido também.
Ao analisar este tipo de náuseas, os autores descobriram que as grávidas cujas irmãs passaram pelo problema tinham 17 vezes mais chance de desenvolver a condição. As mulheres com este problema têm enjoos incessantes e vômito excessivos, o que as coloca em risco de desnutrição, desidratação e perda de peso significativa.
A autora do estudo, Marlena Fejzo, da Universidade de Southern California, em Los Angeles, disse que não ficou surpresa com os resultados. De acordo com ela, pesquisas anteriores mostraram que o enjoo matinal grave afeta irmãs gêmeas idênticas, o que sugere um elemento hereditário.
No entanto, acrescentou no novo estudo: "o grau de hereditariedade é muito importante, porque sugere que os genes estão envolvidos, e quando os encontrarmos, poderemos finalmente compreender a causa das náuseas durante a gravidez e fazer novos tratamentos destinados a tratar a causa, e não os sintomas".
A maioria das mulheres grávidas --cerca de 75%-- sentem enjoos, de acordo com a American Pregnancy Association, mas apenas 1% sofre da forma mais grave da doença, que pode causar até internação.
Ainda não está claro por que algumas mulheres têm náuseas durante a gravidez e outras não. Mesmo os animais, como cães e macacos, parecem ter a doença, segundo Fejzo. "Existem até relatos de serpentes que evitam alimentos durante a gravidez."
Para investigar se a formas graves de náusea podem ter raízes genéticas, a pesquisadora e sua equipe analisaram as informações de 207 mulheres que sofreram durante a gravidez e tiveram pelo menos uma irmã que também havia engravidado. Eles compararam as respostas às de 110 mulheres que não sofreram com enjoos durante a gestação.
Os pesquisadores descobriram que 14% das mulheres que com náuseas graves durante a gravidez tinham irmãs que também desenvolveram a condição, contra menos de 1% das mulheres que não tiveram o problema.
Entre 469 mulheres com enjoos fortes e outras 216 sem, 33% daquelas com náuseas tinham uma mãe com a condição, contra apenas 8% das demais.
"Não pode haver variação de náuseas e vômitos de uma gravidez para a outra, o que sugere que os genes estão relacionados", observou Fejzo. "Por exemplo, alguns estudos sugerem que um feto do sexo feminino ou diversos resultam em mais náuseas. Assim, consideraria que o nível de enjoo durante a gravidez é uma combinação de fatores genéticos e não genéticos."

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