FONTE: Nelson Rocha, TRIBUNA DA BAHIA.
Depois das duas mortes provocadas por meningite meningocócica registradas na Bahia este ano, o movimento nos postos municipais de saúde da capital baiana registrou um pequeno aumento pela procura da vacina contra a doença. No Centro de Saúde Prof. Bezerra Lopes da Liberdade – localizado na Rua Lima e Silva -, por exemplo, cresceu o número de mães que buscam vacinar seus rebentos temendo o pior.
“Nós recebemos uma média de 50 vacinas por dia e todas elas são aplicadas. O posto aqui é muito procurado porque o bairro da Liberdade tem uma população muito grande. Aumentou um pouco a busca das vacinas depois que as pessoas tomaram conhecimento das mortes, principalmente por parte das mães que cumprem o calendário de vacinas. Nós só aplicamos as três doses da vacina em crianças a partir de três meses até antes de completar cinco anos”, revelou a técnica em enfermagem do Centro de Saúde do bairro, Alzinete Nascimento, 64.
“A saúde do bebê é muito importante pra vida toda. Em sete de fevereiro retornarei ao posto para ela tomar a próxima dose”, declarou a cabeleireira Raimar Carvalho da Silva, 33, com Ester Farine, de apenas um mês nos braços e já vacinada. “Eu vim dá a vacina no meu filho porque já estava marcado. Ele fez um ano e agora recebe a segunda dose”, disse a operadora de caixa Maire Rose, 30, mãe do pequeno Caio.
No Centro de Saúde do Barbalho Dr. Péricles Azevedo Cardoso, situado à rua Prof. Arthur Mendes de Aguiar, o movimento ontem foi relativamente fraco. “Deve ser por causa da lavagem do Bonfim, mas nós temos estoque suficiente e a tendência é aumentar a procura nos próximos dias e chegarmos até dez a quinze atendimentos por dia”, informou Carlos Souza Pereira, 37, também técnico em enfermagem.
Para o coordenador de Vigilância em Emergências em Saúde Pública da Bahia, Juarez Dias, dois mortos em 14 dias “é um número significativo. Nos anos anteriores não tivemos essa frequência. Estamos acompanhando a situação”, declarou. As vítimas da meningite na Bahia, uma mulher de 25 anos e uma criança de 2 anos, que morreram nos dias 9 e 6 de janeiro, respectivamente, estavam internadas em um hospital de Salvador.
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