FONTE: *** oqueeutenho.uol.com.br
Ficar quatro dias sem dormir profundamente – atingindo o estágio de movimento rápido dos olhos, ou sono REM – diminui a atividade celular em uma parte do cérebro que está associada à memória de longo prazo.
Um estudo feito com modelos animais e liderado por Dennis McGinty, pesquisador do Departamento de Saúde dos Veteranos de Guerra em Los Angeles, controlou a privação de sono diminuindo em 85% os ciclos de sono REM.
As atividades cerebrais na parte frontal do cérebro, em consequência, também diminuíram em 63%, demonstrando, de acordo com os pesquisadores envolvidos, que existe uma correlação entre privação de sono profundo e impactos negativos na atividade cerebral, como a memória.
“Diversos estudos já haviam indicado que o sono contribui para a plasticidade cerebral – capacidade do cérebro se adaptar e reorganizar suas atividades em função das experiências do indivíduo – e para a neurogênese em pessoas adultas, em particular”, diz McGinty, cuja pesquisa foi publicada no periódico Sleep. Acredita-se que essa neurogênese, explica o pesquisador, tem papel fundamental no desenvolvimento de certos transtornos mentais, como a depressão.
“Nossa questão eram quais as contribuições de cada estágio do sono – o REM e o não REM – para a saúde do cérebro e se cada uma realmente resultava em respostas fisiológicas diferentes. A conclusão a que chegamos é que o estágio REM é importantíssimo no processo de plasticidade cerebral”, diz o pesquisador.
“Isso não quer dizer que o estágio não REM não seja importante, apenas nosso foco era outro. Nós também realizamos outra pesquisa que mostrou que o sono fragmentado interrompe o processo de neurogênese em adultos”, explica McGinty, lembrando ainda que a relação de um bom padrão de sono e o funcionamento dos mecanismos neurológicos precisa de mais pesquisas e que um bom sono ainda é a melhor maneira de proteger a saúde do cérebro.
*** com informações do Sleep.
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