segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

MÉDICOS ACREDITAM EM PARALISAÇÃO...

FONTE: Nelson Rocha, TRIBUNA DA BAHIA.

Apesar do novo secretário de Saúde de Salvador, Gilberto José, ser médico, e ter revelado interesse em trabalhar para que o impasse seja solucionado, é grande a indisposição dos seus colegas que operam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “A insatisfação chegou ao limite. Se não tiver nada de concreto nas negociações, o que eu, particularmente, não acredito, os profissionais que restam, irão se afastar dos serviços em trinta dias”.
A afirmação é do também médico José Caíres, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia, entidade que convocou para hoje, às 19h, uma assembleia geral da categoria na sede do Sindmed-Ba, situado à Rua Macapá, quando será avaliado o movimento que ameaça parar com o Samu na capital.
Conforme José Caíres, “a forma como as negociações estão sendo conduzidas é penosa e me parece que não terá um grande avanço”, observou o presidente do Sindmed-Ba, confirmando que dos 80 profissionais de saúde que trabalhavam com o Samu, apenas 40 continuam participando dos atendimentos.
A principal reivindicação do grupo médico diz respeito ao reajuste de salários: “O salário defendido pelos médicos é de R$ 7 mil por 20 horas semanais de trabalho. Atualmente o médico da Regulação recebe R$ 3.200 e o que presta socorro, participa do resgate, por uma questão de salubridade ganha um pouco mais, R$ 3.800”, relatou.
Segundo o presidente do Sindimed-Ba, no decorrer das primeiras duas semanas do ano dez médicos se afastaram de suas funções no Samu. “A nossa segunda maior reivindicação é sair desse vínculo precário com a realização de concurso, por que ninguém é concursado. O servidor do Samu ganhou a simpatia da população, mas essa falta de valorização provoca uma insatisfação geral. Esta assembleia de hoje pode confirmar a tendência de um afastamento coletivo”, observou.
Os profissionais do Serviço Móvel de Urgência cobram também da Prefeitura Municipal, melhores condições de trabalho e infraestrutura de atendimento aos pacientes nas 34 unidades do Samu, oito das quais consideradas avançadas.
Há 10 meses a equipe dos serviços prestados à população gratuitamente vem fazendo reivindicação ao poder executivo municipal, que por sua vez anuncia para os próximos dias a publicação da portaria que nomeia a comissão que deve realizar o concurso público para a contratação de profissionais do Samu.

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