quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

MÚSICA ALTA NA ACADEMIA PODE LEVAR A DANOS NA AUDIÇÃO...


FONTE: oqueeutenho.uol.com.br
Pessoas que frequentam academias em busca de saúde e beleza não se dão conta, mas, junto com os resultados de um corpo mais enxuto, correm o risco de ter a audição comprometida.
Especialistas dizem que o nosso ouvido tolera até 85 decibéis. Em muitas academias, o barulho pode chegar a 110 decibéis, por causa da música utilizada pelos professores para estimular seus alunos a malhar.
A grande preocupação é que a “Perda Auditiva Induzida por Ruído” é cumulativa. “Dependendo da frequência e do tempo de exposição ao som elevado, o atleta – e também o professor – podem sofrer danos auditivos de forma contínua e elevada ao longo da vida.
Quanto maior a frequência a ambientes barulhentos, maior o problema. Além disso, na medida em que o volume passa dos 100 decibéis, aumenta o risco de lesões na cóclea (órgão dentro da orelha responsável pela audição). Nesses casos, o tempo de exposição não deve passar de 30 minutos”, explica a fonoaudióloga Isabela Pereira Gomes.
A academia de ginástica, um local destinado ao lazer e à saúde, contraditoriamente gera ruídos sonoros próprios de ambientes industriais, danosos à audição. Na indústria, o uso de protetores de ouvido é obrigatório entre os trabalhadores. No entanto, nas academias, muito frequentadas por jovens, não há fiscalização. O barulho em excesso é tolerável e até muito bem aceito.
As aulas de Spinning, por exemplo, que simulam trajetos de bicicleta em montanhas – e que são sucesso nas academias -, são sempre embaladas por música bem alta, para os frequentadores entrarem no ritmo da malhação. Para piorar, os professores são obrigados a gritar a cada mudança de exercício, o que torna o barulho ainda maior.
Para evitar ou pelo menos atenuar os riscos de danos à audição, o melhor seria usar protetores auriculares na academia. “Eles apenas reduzem o volume excessivo, mas quem usa não deixa de ouvir o som ambiente”, explica a fonoaudióloga.
Os protetores – ou atenuadores, como são chamados – são moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada pessoa; e podem ser feitos em dois modelos: o que diminui em 15 decibéis o barulho ambiente ou o outro tipo que reduz o som em 25 decibéis.
A fonoaudióloga Isabela Gomes lembra, no entanto, que existem pessoas mais suscetíveis aos altos ruídos do que outras. “O ideal é consultar sempre um médico otorrinolaringologista e fazer uma avaliação. Ele dará as orientações necessárias para prevenir ou impedir o agravamento do problema”.

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