quarta-feira, 18 de maio de 2011

BRASILEIROS ENTRE OS PIORES NO INGLÊS...

FONTE: Nelson Rocha, TRIBUNA DA BAHIA.

How are you today? A simples pergunta em inglês, que procura saber como vai você hoje, é motivo de embaraço para muita gente, em diversas áreas de atuação profissional. De acordo com estudo feito pela GlobalEnglish sobre a influência do idioma no trabalho, apenas 7% dos profissionais consultados têm total domínio da língua inglesa.


Os brasileiros estão entre os piores da América Latina, cujo inglês não é língua nativa, na hora de usar o idioma na rotina do expediente. A maioria dos brasileiros afirma que entende ou fala o inglês, mas não mostra domínio quando chega o momento de falar e se engasgam na pronúncia. Nossos conterrâneos, entretanto, seguem uma tendência mundial.


Em termos de pontuação, conseguiram apenas 3.84 no estudo conduzido pela GlobalEnglish, empresa internacional de consultoria. Na América Latina ficamos atrás de países como Honduras (5.46) e Argentina (4.81 de nota média). “Muitas pessoas adiam o projeto de aprender o inglês por falta de tempo ou por acreditarem que não conseguirão conciliar os estudos com o trabalho”, observa Jackie Saback, coordenadora acadêmica da Cultura Inglesa.


Outros, porém, apresentam currículos nas empresas com indicações de conhecimento da língua, mas não conseguem comprovar durante as entrevistas. “Isto é comum, mas está mudando. A filha de uma amiga minha fez um teste numa multinacional e foi aprovada graças ao fato de demonstrar desenvoltura com o idioma.


Ela estuda administração e já está com o emprego garantido”, ressaltou Sílvia Adans, 35 anos, professora de inglês, que há 11 anos se jogou na tarefa de aprender a língua corretamente. “O jovem hoje está mais interessado no inglês. Sabe que se ler ou falar ele terá mais condições de tirar um melhor proveito numa viagem internacional, ou até mesmo em acessar a internet.


Os mais exigentes querem morar fora do país, o que ajuda no aprendizado, mas não é o essencial. Depende de pessoa pra pessoa. Conheço, por exemplo, um professor que fala fluentemente, mas nunca saiu do Brasil”, destacou Adans, que passou seis anos no Canadá se aperfeiçoando no aprendizado do idioma.A arquiteta Andréa Anunciação, 43 anos, há dois anos resolveu também se dedicar ao estudo da língua inglesa.


“É importante para quem gosta de viajar pra fora do país como eu”, diz. Ela afirma que, estudando o idioma conseguiu se comunica melhor no exterior. “O inglês se fala no mundo inteiro. Infelizmente não é a nossa segunda língua. Para os profissionais da minha área é muito importante, principalmente para aqueles que desenvolvem grandes projetos e precisam participar de feiras internacionais.


Acho que o crescimento econômico vai ajudar as pessoas a se interessarem mais em aprender o inglês, pois com ele se pode participar melhor da dinâmica da globalização, seja viajando, pesquisando ou fazendo compras na internet”, comentou. O desafio agora para o Brasil, que ficou mal na fita com o resultado do estudo realizado pela GlobalEnglish com países da América Latina, é chegar com o maior número possível de brasileiros com o inglês na ponta da língua quando da realização da Copa do Mundo de 2014.


“Acho que nós não sabemos falar, com fluência, nenhuma língua. Vai ser um Deus nos acuda para recepcionar os estrangeiros na Copa. Nossa gente não fala nem português corretamente. Preparar um exército de trabalhadores que prestam serviços em vários setores, pra se comunicar com os que virão pra Copa será, sem dúvida alguma, um grande desafio para o Brasil”, enfatizou Edmundo Lemos, presidente da Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo, seção Bahia.

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