terça-feira, 6 de setembro de 2011

MULHERES DÃO VOZ AOS SEUS DESEJOS E RECOLUCIONAM NOVAMENTE...

FONTE: Naira Sodré, TRIBUNA DA BAHIA.


Sexo bem-feito é vital e rejuvenesce, dizem os sexólogos, e hoje, dia 06 de setembro, comemora-se o Dia do Sexo. Enquanto antigamente a palavra designava apenas um ato mecânico, hoje é sinônimo de revolução hormonal e liberdade.


A mulher era apenas sinônimo de fertilidade. Mas o século XX chegou e abriu a caixa de pandora do sexo. O advento do cinema, do carro, da pílula e até da Internet mudou tudo que se sabia com relação ao sexo.


A industrialização do mundo ocidental, as guerras, a revolução dos costumes chegaram dentro das casas e acertaram em cheio a intimidade dos casais. As roupas diminuíram, as cidades cresceram. O romance deu lugar à velocidade. Nos anos 60, a pílula. Nos 70, o orgasmo. Depois, Aids e popularização da camisinha, Viagra, sexo virtual.

E, no meio de tudo isso, será que as mulheres fazem hoje menos sexo do que faziam suas avós e bisavós? Independentes financeiramente, ocupadas com a vida moderna e com acesso à educação, as moderninhas tiraram o sexo do eixo de atividades obrigatórias.


“Muitas que antes se dedicavam aos filhos e assumiam que deveriam aceitar o sexo que o marido desejava fazer, hoje se dedicam a uma segunda jornada de trabalho e sentem que podem, mais facilmente, dizer não ao sexo desejado pelo marido”.

Se antes ela tinha tempo de sobra para dedicar ao marido e à vida conjugal, hoje administra os minutos. Trabalha fora, cuida da casa, dos filhos, estuda, se diverte e ainda cuida do corpo. Com tanta atividade, tempo e energia para o sexo ficam escassos.


E a culpa não é delas. É da tal evolução. Ou seria revolução sexual? Mais uma vez, os fatos históricos, sociais e culturais influenciam o que acontece entre quatro paredes.

VONTADES E INSATISFAÇÕES – Com um controle maior sobre suas vontades, as mulheres dão agora voz aos desejos. A mudança, positiva, faz com que elas e seus parceiros (ou parceiras) passem a poder ter experiências sexuais melhor compartilhadas e cada vez menos estigmatizadas.


Ponto para a evolução. Será? Existem muitos homens que reclamam. Dizem que muitas mulheres não acompanharam a evolução. Não compartilham o sexo e na hora H, esperam sempre uma atitude do parceiro, não dizem o que querem e o que gostam na cama e têm medo de testar novidades durante o ato, afirma o psicoterapeuta sexual, Osvaldo Pereira Júnior.

Segundo ele, não existe uma fórmula ideal para o sexo. Existem mulheres resolvidas e ativas, existem mulheres mal resolvidas, que não são ativas, que esperam a titude do parceiro. Existem ainda, em pleno século XXI, as donzelas, mulheres que com mais de 20 anos de idade nunca praticaram sexo. Tem até uma comunidde no Orkut que reúne mais de 20 mil usuárias que dizem o seguinte: “sou que nem azeite de oliva...pura, virgem e com selinho de procedência”.

Pereira Júnior diz ainda que, no caso das donzelas, os motivos para o comportamento radical vão desde questões religiosas, passando pelo controle familiar, até inseguranças pessoais, que com o passar do tempo ficam aguçadas e afastam cada vez mais a possibilidade da primeira vez acontecer. Essas mulheres ficam esperando o cidadão perfeito, o “príncipe encantado”, vivem uma outra realidade. Se acomodam, se aceitam e demonstram orgulho por ser virgem.

Já a sexóloga Aida Gomes diz que o sexo rejuvenesce e que acontece uma troca de energia durante o ato. É possível sintonizar e trocar energia de muitas maneiras: conversando, compartilhando atividades, fazendo massagens, trocando olhares.


Para Aida Gomes, apesar de toda evolução, a maioria dos homens prefere as mulheres menos avançadas. Aquelas que fingem que estão sendo conquistadas.

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