quinta-feira, 15 de março de 2012

TRANSPORTE DE ANIMAIS COLOCA PESQUISAS DO REINO UNIDO EM RISCO...


FONTE: DA REUTERS (www1.folha.uol.com.br).

Grupos ativistas em defesa dos direitos dos animais estão colocando em risco pesquisas científicas vitais que são realizadas no Reino Unido.

Sob pressão, companhias de trem e de avião têm recusado o transporte de animais destinados a testes laboratoriais.

Cientistas disseram nesta quarta-feira que todas as companhias que operam rotas no Reino Unido baniram a importação de roedores e outras espécies, que são comumente usadas para o estudo de novas drogas experimentais.

Apesar de a maior parte das cobaias destinadas à pesquisa vir de fornecedores locais, há determinados programas que exigem a importação dos animais por estes terem características específicas procuradas para estudos.

"Leva muito tempo para criar esses animais. Se o transporte parar, os pesquisadores terão de recriá-los, o que exige desnecessariamente muito mais animais [gerados] em sucessivas gerações", diz um comunicado que é assinado por cientistas.

A porta-voz Michelle Ulyatt, da companhia de transporte ferroviário P&O Ferries, explicou que a interrupção do serviço de importação de animais foi decidida no ano passado sob pressão.

"Nossa preocupação principal é assegurar a segurança dos funcionários e a nossa reputação corporativa", disse. Ela contou à agência de notícias Reuters que houve o envio de cartas-bomba entre as campanhas mais pesadas efetuadas contra as companhias ferroviárias.

O professor Colin Blakemore, que leciona neurociência na Universidade Oxford, uma das mais prestigiadas do mundo, comentou que a opinião pública precisa ser conscientizada sobre as pesquisas essenciais que são feitas para a cura do câncer, de doenças do coração e do cérebro.

Ele acrescentou que o governo e a comunidade de pesquisa médica têm de explicar por que é importante mostrar que uma pequena quantidade de animais é crucial para o progresso da medicina.

O problema deve ser tratado pelo ministro da Ciência britânico, David Willetts.

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