terça-feira, 8 de maio de 2012

MANCHAS DA IDADE...


FONTE: *** TRIBUNA DA BAHIA.

Você tem manchas na pele? Se não, comemore, pois você faz parte da minoria das mulheres. Campeãs de queixas nos consultórios dos dermatologistas, as danadas não poupam ninguém e são quem mais denuncia a passagem do tempo e aqueles números na certidão de nascimento de que a gente esqueceria se deixassem.

“As manchas são todas as lesões de pele sem relevo e que têm a coloração diferente da cor da pele”, explica a dermatologista Vanessa Metz, do Rio de Janeiro (RJ), especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
E elas são democráticas; há manchas vermelhas, brancas e de diferentes tonalidades de castanho.

Segundo a dermatologista Fernanda Casagrande, de Porto Alegre (RS), membro da Academia Americana de Dermatologia, as mais comuns são as melanoses solares, manchas marrons e arredondadas que costumam cobrir as faces e o dorso das mãos.
Como o próprio nome diz, elas são consequência da exposição solar. Mas o sol também pode ter o efeito contrário e causar manchas esbranquiçadas, chamadas de leucodermias, muito comuns em pessoas de idade mais avançada.
Já o melasma, que incomoda grande parte das mulheres, é um aumento na produção de melanina, substância que dá cor à pele, acumulada em uma área.
Dependendo da quantidade da melanina, a mancha adquire os diferentes tons de castanho, do claro ao escuro. “Vale lembrar que há aumento da produção da melanina com a exposição solar e em situações de aumento hormonal, como a gravidez e o uso de pílulas anticoncepcionais”, alerta a doutora Fernanda. Pois é, não é apenas seu humor que sofre as consequências do desequilíbrio hormonal.
A sua pele também pode mudar! Os hormônios que o corpo libera para o bom andamento da gestação e que estão presentes nos anticoncepcionais estimulam a ação dos melanócitos, as estruturas da célula que produzem a melanina. O problema é que essa pigmentação não é homogênea, causando as manchas.
DE REPENTE 35.

Ainda é cedo para falar de grandes danos causados pelo envelhecimento, mas a dermatologista Fabiana Coria, de São Paulo (SP), membro da Associação Paulista de Medicina, indica que quem tem essa idade deve prestar atenção a quatro tipos específicos de marcas: sardas, que podem acompanhá-la desde a infância e costumam ficar mais intensas com o passar do tempo e verões descuidados; manchas que aparecem depois de dermatites (inflamação na pele) e irritações causadas por excessos ou mau uso de cosméticos; lesões avermelhadas, resultado de acne; melasma, o mais característico dessa fase, resultante de alterações hormonais, como durante a gravidez ou o com uso de anticoncepcional.

Dica preciosa: “É preciso intensificar o uso do protetor solar durante a gestação ou se a mulher usa anticoncepcional”, defende Vanessa Metz. Lembra que os hormônios ativam a produção de melanina? O mesmo acontece com a exposição à radiação UVA. A especialista também indica o uso de antioxidantes, como vitamina C, para prevenir as lesões.

No consultório: os peelings químicos e os superficiais são a melhor aposta nessa faixa etária, porque ajudam no tratamento de acne tardia e deixam a pele mais uniforme. Para resolver, os ácidos, como o retinóico, que estimula a renovação das células, e clareadores, como o ácido kójico e o arbutin, são bem-vindos. Se você ainda tem sinais de acne, procure um tratamento específico feito com adapaleno, por exemplo.

Em casa: experimente o Clarité Faces, da Dermage (R$ 90), que traz arbutin na fórmula, e não desgrude de um bom protetor solar; o Anthelios Unifiant, daLa Roche-Posay, (R$70), também faz as vezes de base.

JOVEM DE 45.
Agora já é mais difícil não notar a presença das manchas. Fabiana Coria lembra que as melanoses solares, aquelas manchas castanhas arredondadas de que falamos antes, aparecem no rosto e até no colo e nas mãos. As leucodermias, as lesões esbranquiçadas, também surgem em braços e pernas. Sem esquecer dos chatinhos melasmas, que podem ter se intensificado.

Existem meios de fugir disso? Poucos, além daquilo que você já cansou de escutar: protetor solar todos os dias e exposição solar cuidadosa. E se você já chegou lá e não foi assim tão cuidadosa, a boa notícia é que os médicos não param de pesquisar novidades, e sempre há possibilidades de consertar os erros do passado!

Dica preciosa: que tal aproveitar para combater as ruguinhas também? Muitos produtos e tratamentos juntam a ação clareadora com a ativação da síntese de colágeno.

No consultório: Vanessa Metz conta que, para as melanoses, além dos cremes clareadores, são indicados diversos tratamentos, como os lasers fracionados e a luz intensa pulsada, dois aparelhos que, com feixes de luz, modificam a estrutura de reprodução celular, diminuindo a produção de melanina. E como cada uma dessas manchas pode surgir em fases diferentes da vida, pedimos para especialistas indicarem o que deve ser feito para ficar com a pele lisinha em qualquer idade!

Em casa: uma opção é o Chronos Pharma Sérum Intensivo Clareador Antissinais, da Natura, (R$ 98), que, além de clarear, oferece vitamina C e elastinol. E nunca se esqueça do protetor solar! Para usar todo dia, aposte no toque seco do Ultra Sheer Face FPS 70, da Neutrogena (R$ 50).
NA FLOR DOS 60.

Nessa idade, os melasmas e melanoses insistem em se acentuar. “Aos 60 anos, as consequências do descuido com a pele são mais evidentes. O fotoenvelhecimento e estresse oxidativo gerado pelo fumo e pela poluição são traduzidos na pele com o maior número de manchas senis”, explica Fernanda Casagrande.

Dica preciosa: além do protetor solar, que continua obrigatório, uma dica de Fernanda Casagrande é o uso de antioxidantes orais mais potentes, como licopeno, encontrado em alimentos vermelhos, como tomate, melancia e goiaba, e picnogenol, que só dá para ser ingerido em suplementos nutricionais. Eles ajudam a proteger a pele da radiação ultravioleta e, por consequência, previnem a formação de manchas.

No consultório: para apagar as lesões, continue com os peelings químicos que estimulam a renovação celular e experimente o laser de CO2 fracionado. O procedimento é feito com um aparelho que emite microfeixes de luz que alcançam a camada mais profunda da pele, promovendo a destruição do tecido danificado.

Os ativos clareadores prescritos pelo médico continuam os mesmos, mas a fórmula deve mudar. “Depois dos 60, apele já está mais fina, sensível e ressecada, portanto, a textura em que os produtos são manipulados é muito importante. Experimente usar cremes e gel-cremes”, ensina Vanessa Metz.

Em casa: o Melan-Off Clareador, da Adcos (R$ 117), além dos ativos que reduzem as manchas, contém ácido ferúlico, um ótimo antioxidante. Não dispense a hidratação e o combate aos radicais livres nem o protetor solar. Para isso, escolha um como o Dermosun Protection, da Medicatriz Dermocosméticos (R$ 77), que é feito à base de algas marinhas.
*** Revista Ana Maria Braga.

SEMPRE ALERTA.

As sardas são consideradas um charme, mas podem ser o sinal de que algo não vai bem! A dermatologista Vanessa Metz explica que as pintas precisam ser observadas com muito cuidado.

Observe mensalmente seu corpo, mesmo as partes mais escondidinhas, e verifique se as suas pintas sofreram mudanças ou apresentam feridas. Nesses casos, o melhor é correr para o consultório. Para facilitar o autoexame, os médicos criaram a sigla ABCD, que fala exatamente o que deve se observado nas pintas. Veja só!

A = Assimetria – se a sua pinta era redondinha e agora está ficando torta, é um sinal de alteração.

B = Bordas – preste atenção se antes as bordas eram homogêneas e bem desenhadas e agora estão irregulares.

C = Coloração – não é normal a pinta clarear, escurecer ou ganhar novos tons, como azul, cinza ou esverdeado.

D = Diâmetro – o tamanho deve ser sempre estável. Se ela aumentou ou diminuiu, você deve procurar um especialista.

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