FONTE: CORREIO DA BAHIA.
Segundo o levantamento, a proporção de alunos “abaixo do básico” em matemática no 5º ano do fundamental aumentou 7% em um ano.
O número de estudantes da rede estadual com conhecimento insuficiente no ensino fundamental aumentou em 2012, aponta avaliação do próprio governo. Já no ensino médio, a proporção de alunos com problemas caiu. Os dados foram divulgados pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB) hoje à noite. A base é o Saresp, avaliação do governo que prevê provas de português e de matemática.
Segundo o levantamento, a proporção de alunos “abaixo do básico” em matemática no 5º ano do fundamental aumentou 7% em um ano. Agora, são 27,9% dos estudantes no patamar mais baixo da escala. Nele, segundo o governo, os estudantes demonstram “domínio insuficiente” dos conteúdos para a série em que se encontram. No patamar mais alto, o “avançado”, a proporção subiu de 9,6% para 9,7%.
Já no ensino médio, a proporção de estudantes com conhecimento abaixo do esperado caiu de 58,4% para 55,8% em matemática. As variações em português foram semelhantes à apresentada em matemática, ainda que com intensidade menor. A Secretaria Estadual da Educação, em nota, afirma que investigará as causas das quedas, para então “intensificar as ações pedagógicas”.
A pasta disse ainda esperar que os indicadores melhorem com a ampliação das avaliações que ajudam a determinar quais estudantes passarão por recuperação. Até 2012, a ferramenta era utilizada no 6º e 7º anos do fundamental e nos dois primeiros anos do ensino médio. Agora, será usada em todas as séries a partir do 6º ano. “No geral, vemos um cenário de estabilização. Num patamar baixo”, diz o pesquisador Ocimar Alavarse, da USP.
“O Estado fez mudanças, implementou apostilas, e o resultado não está vindo. Ao que parece, é preciso repensar todas as políticas.” A variação da qualidade da educação no Estado diverge do que é visto no restante do país, onde o ensino médio está estagnado, e o fundamental, melhorando. As metodologias, porém, são diferentes. Exigência menor A exigência do governo estadual para definir se o aluno tem conhecimento suficiente é menor do que a fixada por pesquisadores da área.
Numa escala de 0 a 500 pontos, o Estado entende que o aluno já tem conhecimentos suficientes a partir do 175, em matemática no 5º ano do ensino fundamental. Para a ONG Todos pela Educação, que reúne pesquisadores, gestores e empresários, o esperado é que o aluno tenha 225 pontos, mesmo patamar estabelecido pela então gestão Serra (PSDB). Se adotada essa lógica, a proporção de alunos com conhecimento insuficiente subiria dos 27,9% para 63,3%. No ensino médio, a proporção chegaria a 95,2%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário