A vida pode ser comparada à conquista de uma montanha. Como a
vida, ela possui altos e baixos. Para ser conquistada, deve merecer detalhada
observação, a fim de que a chegada ao topo se dê com sucesso.
Todo
alpinista sabe que deve ter equipamento apropriado. Quanto mais alta a
montanha, maiores os cuidados e mais detalhados os preparativos.
No
momento da escalada, o início parece ser fácil. Quanto mais subimos, mais árduo
vai se tornando o caminho.
Chegando
a uma primeira etapa, necessitamos de toda a força para prosseguir. O
importante é perseguir o ideal: chegar ao topo.
À
medida que subimos, o panorama que se descortina é maravilhoso. As paisagens se
desdobram à vista, mostrando-nos o verde intenso das árvores, as rochas
pontiagudas desafiando o céu. Lá embaixo, as casas dos homens tão pequenas...
É
dali, do alto, que percebemos que os nossos problemas, aqueles que já foram
superados são do tamanho daquelas casinhas.
Pode
acontecer que um pequeno descuido nos faça perder o equilíbrio e rolamos
montanha abaixo. Batemos com violência em algum arbusto e podemos ficar presos
na frincha de uma pedra.
É aí
que precisamos de um amigo para nos auxiliar. Podemos estar machucados, feridos
ao ponto de não conseguir, por nós mesmos, sair do lugar. O amigo vem e nos
cura os ferimentos.
Estende-nos
as mãos, puxa-nos e nos auxilia a recomeçar a escalada. Os pés e as mãos vão se
firmando, a corda nos prende ao amigo que nos puxa para a subida.
Na
longa jornada, os espaços acima vão sendo conquistados dia a dia.
Por
vezes, o ar parece tão rarefeito que sentimos dificuldade para respirar. O que
nos salva é o equipamento certo para este momento.
Depois
vêm as tempestades de neve, os ventos gélidos que são os problemas e as dificuldades
que ainda não superamos.
Se
escorregamos numa ladeira de incertezas, podemos usar as nossas habilidades
para parar e voltar de novo. Se caímos num buraco de falsidade de alguém que
estava coberto de neve, sabemos a técnica para nos levantar sem torcer o pé e
sem machucar quem esteja por perto.
Para a
escalada da montanha da vida, é preciso aprender a subir e descer, cair e
levantar, mas voltar sempre com a mesma coragem.
Não
desistir nunca de uma nova felicidade, uma nova caminhada, uma nova paisagem,
até chegar ao topo da montanha.
* * *
Para
os alpinistas, os mais altos picos são os que mais os atraem. Eles desejam
alcançar o topo e se esmeram.
Preparam-se
durante meses. Selecionam equipe, material e depois se dispõem para a grande
conquista.
Um
desses arrojados alpinistas, Waldemar Nicliewicz, o brasileiro que conquistou o
Everest, disse: Quem de nós não quer chegar ao alto de sua própria montanha?
Todos
nós temos um desejo, um sonho, um objetivo, um verdadeiro Everest. E este
Everest não tem 8.848 metros de altitude, nem está entre a China e o Nepal.
Este Everest está dentro de nós.
É
preciso ir em busca deste Everest, de nossa mais profunda realização.
Redação do Momento Espírita, baseado em texto
de Valdemar Nicliewicz.
"A maior
caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier – Emmanuel.
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