CALOR EXIGE CUIDADOS PARA QUE O ANIMAL DE ESTIMAÇÃO NÃO SOFRA OU ADOEÇA; VEJA DICAS...

FONTE: Carmen Vasconcelos (carmen.vasconcelos@redebahia.com.br) CORREIO DA BAHIA.

Primeiro cuidado a ser adotado no período é com o calor, afinal os bichinhos podem ter isolação hipertermia e queimaduras.

O calor não dá trégua para ninguém, muito menos para quem é coberto de pelos. Por isso mesmo, ao primeiro sinal de falta de apetite, prostração, recusa em passear, fique alerta. Seu pet pode estar sofrendo com as altas temperaturas. Para assegurar que o Verão possa chegar e ir embora de maneira mais leve e sem trazer danos para caninos e felinos, o ideal é atentar para o conforto deles.

De acordo com o veterinário Bruno Rapozo, o primeiro cuidado a ser adotado no período é com o calor, afinal eles podem ter isolação hipertermia e queimaduras solares na pele e nos coxins (almofada das patas). Por isso mesmo, no caso dos cães, toda atenção ao horário dos passeios. “Como os dias começam mais cedo, o ideal é que os passeios sejam feitos na primeiras horas da manhã, quando a temperatura é menor e o pavimento não está tão quente”, explica o médico.

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Rapozo chama atenção: as queimaduras nas patas dos cachorros são difíceis de tratar, então o caminho é evitar que o seu animal fique em pé no asfalto e areia da praia. Prefira as gramas. Nunca leve o animal para acompanhar o passeio de bicicleta ou corrida longa. Ao longo da atividade, ofereça água fresca à vontade. “O cuidado precisa ser redobrado em cães de focinho curto, como os pugs, shitzus, bulldogs, entre outros”, explica Bruno, ressaltando que o detalhe na anatomia desses animais dificulta a refrigeração do organismo, facilitando o aumento rápido da temperatura. Animais de pelo escuro também tendem a acumular mais calor. 

O veterinário lembra que assim como os humanos, os animais precisam ganhar condicionamento físico antes de serem submetidos às atividades mais intensas, lembrando que é sempre bom começar com passeios curtos e só depois aumentar a intensidade e o tempo das caminhadas. “De qualquer forma, nesse período é melhor preferir os exercícios moderados”, completa. 

Cães e gatos de pelos clarinhos e que ficam expostos ao sol também precisarão fazer uso de filtro solar específico, com fator de proteção 30 e aplicado sobre o pelo, focinho e orelhas. Vale salientar que o protetor solar veterinário não é igual ao protetor solar para humanos.

Se seu animal estiver vomitando ou apresentando um quadro de taquicardia (coração batendo descompassadamente) e com muita salivação, procure um médico imediatamente para verificar se não está instalado um quadro de hipertermia. Bruno Rapozo destaca que, para ajuda-lo enquanto não chega o cuidado especializado, é importante colocá-lo sob refrigeração seja de um ventilador ou de um lugar com ar condicionado. Uma toalha úmida sobre o pelo também auxilia na redução da temperatura. “O importante que as pessoas jamais joguem água no animal ou coloquem ele embaixo de chuveiros ou torneiras para evitar o choque térmico”, explica o veterinário.

Para ajudar a diminuir a temperatura do corpo e dar um carinho especial, Bruno Rapozo lembra da necessidade de deixar sempre muita água disponível para o seu animal e de ofertar água de coco, e frutas que não sejam cítricas, como melão e melancia. Outra boa dica para os peludinhos é oferecer cubinhos de gelo com frutas picadinhas dentro, que refresca e alimenta.    

A mesma estratégia pode ser usada com caldinhos frescos de carne ou frango, que podem ser congelados e oferecidos como petiscos para os mais indispostos e calorentos.

Para pelos longos.

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