FONTE: Marianna Feiteiro (www.bolsademulher.com).
Fazer atividade física e pesar-se regularmente são outras das medidas fundamentais.
Perder os quilos extras e chegar
ao peso ideal é uma tarefa muito árdua, mas o que vem depois requer ainda mais
esforço. Quem está em constante luta contra a balança pode confirmar: manter-se
magra é ainda mais difícil do que emagrecer. Um estudo australiano publicado em
2011 pelo New England Journal of Medicine revela que 80% das pessoas que
emagrecem recuperam o peso.
O endocrinologista Dr. Walmir
Coutinho, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia,
explica que o efeito sanfona ocorre devido a mecanismos de autodefesa do
próprio corpo, que entende a perda de peso como um risco à vida. “Nosso
organismo é o mesmo do homem primitivo. Quando emagrecemos, é como se não
conseguíssemos caça ou alimento. Nossos genes, que defendem o depósito de
gordura, vão ativar vários mecanismos para tentar recuperar o peso”, esclarece.
Como, então, “enganar” o corpo e
manter a boa forma? “Após o período de perda de peso, ficamos num estado
vulnerável, propensos a engordar de novo. O essencial nesse momento é evitar
que tudo aquilo que foi feito para emagrecer se perca, seja exercício físico ou
alimentação. É necessário fazer esse esforço extra”, esclarece o especialista.
Após esse período, que normalmente dura alguns meses, os mecanismos vão sendo
desativados, e o risco de recuperar o peso, diminuindo.
Além da manutenção do estilo de
vida saudável, que deve incluir a prática de atividade física regular, o Dr.
Walmir indica duas simples ações para a manutenção do peso que, segundo ele,
são comprovadamente eficazes: pesar-se regularmente e tomar café da manhã.
“Está provado que quem não come nada de manhã tem maior dificuldade em atingir
resultados. E a pessoa que se pesa com frequência tem melhor noção de como está
evoluindo e, portanto, consegue ter um controle maior”, esclarece.
Outras recomendações do
especialista incluem manter o acompanhamento médico e, no caso do paciente que
emagreceu com a ajuda de remédios, não ter pressa em cortar o medicamento, pois
ele é necessário para a manutenção. “Dependendo do paciente, ele pode continuar
tomando remédio por um ou dois anos, ou para o resto da vida”, explica.
O endocrinologista alerta que pessoas que perdem muito peso em um curto
espaço de tempo têm maior tendência a recuperar os quilos, já que o
emagrecimento rápido está mais associado à perda de músculo, o que faz diminuir
o metabolismo. “Em geral, o ideal é perder de dois a quatro quilos por mês”,
recomenda.
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