FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
O Ministério da Saúde
incluirá na assistência a pacientes com doenças raras o acompanhamento por especialistas que atuam nos principais centros de referência do país
pela internet, por telefone e por videoconferência.
Profissionais de saúde da Atenção
Básica vão poder usar a ferramenta Telessaúde, que permite a troca de dados e
orientações com especialistas sem sair dos postos de atendimento e em tempo
real. Segundo a pasta, a implementação ocorre até o final do primeiro semestre
de 2014 e deve auxiliar no conhecimento sobre sinais e sintomas das cerca de 8
mil doenças raras, que afetam aproximadamente 15 milhões de brasileiros.
A medida faz parte da política de
atenção às doenças raras, criada no mês passado. Hoje o Telessaúde é usado para
auxiliar no atendimento a pacientes com hipertensão, diabetes e outras doenças
crônicas. É uma ferramenta que utiliza a internet , telefone e videoconferência
como ferramentas para trocar informações entre profissionais a distância. Atualmente,
o programa funciona
em mais de 3 mil municípios, com mais de 5 mil pontos em todo o país.
Dentro do processo de implementação
da Política Nacional de
Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, o Ministério da Saúde publicará
nova portaria neste mês que atualiza e define as regras para o aconselhamento
genético, que vai poder ser feito por equipe multiprofissional habilitada.
Quando se tratar de diagnóstico médico, tratamento clínico e medicamentoso,
será obrigatória a presença de um médico geneticista. É obrigatória também a
elaboração de laudo pelo profissional que faz o aconselhamento genético e que
ele seja anexado ao prontuário do paciente.
Entre as mudanças trazidas pela nova
política está a organização da rede de atendimento para diagnóstico e
tratamento para as doenças raras, que passam a ser estruturadas em eixos e
classificados de acordo com suas características. Também foram incorporados 15
novos exames de diagnóstico em doenças raras, além da oferta do aconselhamento
genético no Sistema Único de Saúde (SUS) e o repasse de recursos para custeio
das equipes de saúde dos serviços especializados. De acordo com o
Ministério da Saúde, atualmente, existem mais de 240 serviços para promover
ações de diagnóstico e assistência completa, com a oferta de tratamento
adequado e internação nos casos recomendados.
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