segunda-feira, 17 de março de 2014

SONO, TEMPERATURA E ATÉ POLUIÇÃO PODEM DIFICULTAR PERDA DE PESO...

FONTE:  Mariana Bueno (www.bolsademulher.com).

Endocrinologista explica como é a influência de alguns fatores externos.

                              
Nem sempre uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas são suficientes para que se perca peso. “O controle do peso é regido por diversos hormônios que regulam apetite, saciedade, gasto calórico, deposito localizado de gordura, capacidade muscular cujos níveis. Esses hormônios são controlados pela nossa genética. Assim sendo, dois indivíduos fazendo o mesmo exercício podem determinar um gasto calórico bem diferente um do outro. O mesmo em relação à dieta, que pode ter um impacto bastante diferente entre as pessoas”, explica o endocrinologista Luciano Giacaglia, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Além dos hormônios, existem diversos outros fatores que podem influenciar na perda de peso.
Veja quais são:
Ansiedade.
Pode determinar aumento de peso por dois motivos básicos. Um deles é o aumento da compulsão por alimentos prazerosos (que elevam os níveis de dopamina) e de açúcares (que levam os níveis de serotonina), ambos hormônios que determinam prazer e acalmam a pessoa, compensando a ansiedade. E algumas pessoas produzem, sob estresse crônico, altos níveis de cortisol, um hormônio que determina acúmulo de gordura, principalmente abdominal, e acúmulo de líquido.

Sono.
A falta de sono determina diversas alterações: redução dos níveis de hormônio do crescimento (promovendo perda de massa muscular e aumento de gordura abdominal); aumento de grelina (hormônio que estimula o apetite); redução de leptina (hormônio que impede o acumulo de gordura); além de redução de atividade física nestas pessoas, pela sensação de fadiga. Se a apneia do sono estiver associada, ocorrerá redução do metabolismo pela redução da oferta de oxigênio às células.

Problemas intestinais.
O intestino preso pode ser um sinal de uma taxa reduzida de metabolismo ou falta de exercícios aeróbios, que são um dos nossos principais laxantes naturais. Portanto, não causa obesidade (o único acúmulo que promove é o de fezes no abdome), mas pode ser um sinal indireto de que o metabolismo não anda bem.

Poluição.
A redução da oxigenação promove queda do metabolismo, pois as mitocôndrias de nossas células dependem de oxigênio para queimar glicose e gordura, e liberam cortisol pelo estresse. Além além do dióxido de carbono existem outros poluentes químicos, provindos de processos de industrialização – como subprodutos de plásticos e solventes, chamados genericamente de “desreguladores endócrinos” e que interferem na regulação do peso, além de outros eixos hormonais.

Infância.
As crianças que apresentam baixo peso ao nascer, principalmente quando a mãe sofreu algum grau de desnutrição, fez alguma dieta da moda ou fez uso de drogas, álcool, cigarro na gestação, por exemplo, têm no ambiente intrauterino um sinalizador para o feto se programar para enfrentar o ambiente que experimentará no período pós-natal. Ou seja, a expressão dos genes pode ser modificada, programando o bebê a aumentar os genes “engordativos” e suprimir os “emagrecedores”, de acordo com as informações que recebe no útero materno. E crianças que sofrem com obesidade na infância promove proliferação de células adiposas (que armazenam gordura) e que não são eliminadas facilmente. Além disso, os nossos principais hábitos alimentares e de atividade física são moldados durante a infância. Hábitos inadequados são difíceis de serem corrigidos quanto mais velha é a pessoa.

Falta de sol.
A vitamina D apresenta ações cerebrais indutoras de saciedade, e sua falta pode dificultar a perda de peso. E a falta de vitamina D parece determinar maior dificuldade na metabolização da gordura. Mas isso não significa que ingerir quantidades exageradas de vitamina D ou tomar muito sol nos faça emagrecer, além do risco de intoxicação de vitamina D.

Temperatura.
A temperatura ambiental mais fria promove aumento do gasto calórico, com o intuito de gerar calor, independente de ser ar-condicionado ou habitar regiões frias. O que muda é que os animais geralmente perdem peso nos meses de inverno, e o homem é a única espécie que inverteu este processo, pelo aquecimento (através de aquecedores e roupas) e pela ingestão de alimentos mais calóricos. Em relação ao ar-condicionado, é importante lembrar que ele determina redução da umidade do ar e maior desidratação. O modo com que o calor é dissipado de nosso corpo depende de nossa hidratação (eliminamos calor por transpiração, evaporação, vaporização e excrementos) e, quando não nos hidratamos adequadamente, como durante atividades físicas ou aqueles que estão constantemente em ambientes com ar-condicionado, podemos suprimir a queima de gordura, para não gerar calor, uma vez que o organismo não terá como eliminar o calor de nosso corpo.

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