FONTE: Do UOL, em São Paulo
(noticias.uol.com.br).
Em apenas uma semana, o Estado de São
Paulo conseguiu vacinar 186.727 meninas entre 11 e 13 anos de idade contra o
papilomavírus humano (HPV). É o que aponta balanço parcial da Secretaria de
Estado da Saúde com base nos dados informados até a manhã desta segunda-feira
(17) pelas salas de vacinação em todo o Estado. A campanha teve início no
último dia 10.
Até o dia 10 de abril, o Estado de São
Paulo pretende imunizar 808,3 mil meninas dessa faixa etária contra o HPV,
causador do câncer de colo de útero. O número corresponde a 80% do total de
1.010.397 de adolescentes paulistas do sexo feminino que constituem o
público-alvo da vacinação. Para isso, aproximadamente cinco mil postos de
saúde, com horário de funcionamento das 8h às 17h, foram abastecidos com as
vacinas contra o HPV para a aplicação da primeira dose.
Além dos postos de saúde, a vacinação
também deve ocorrer em escolas, a critério de cada município. A Secretaria
recomenda que as adolescentes ou seus pais ou responsáveis consultem a direção
das unidades de ensino onde estudam para saber se haverá vacinação no local.
No ano de 2014, o esquema vacinal será
destinado às adolescentes com 11, 12 e 13 anos de idade e deve ser dividido em
três etapas. A segunda dose da vacina deve ser aplicada seis meses após a
primeira dose. Já a terceira dose, que funciona como um reforço, deve ser
aplicada cinco anos após a primeira dose. A recomendação é de que as adolescentes
levem a caderneta de vacinação aos postos.
No ano de 2015, a vacina contra o HPV
será destinada às meninas entre nove e 11 anos e também será dividida em três
etapas. A partir do ano de 2016, a vacina passará a ser aplicada nas meninas
com nove anos de idade.
"A inclusão da vacina contra o HPV
no calendário de imunização do SUS é uma importante medida para reduzir a
transmissão do papilomavírus humano, vírus capaz de causar lesões de pele e
mucosas e, quando não tratado corretamente pode evoluir para casos de câncer de
colo do útero. Ao alcançar uma elevada cobertura vacinal entre a
população-alvo, observaremos, consequentemente, uma maior proteção contra a
incidência do câncer de útero", afirma a médica Helena Sato, diretora de
imunização da Secretaria.
Sobre
o HPV.
O papilomavírus humano (HPV) é um vírus
contagioso que pode ser transmitido com uma única exposição, por meio de
contato direto com a pele ou mucosa infectada. Sua principal forma de
transmissão pode ocorrer via relação sexual, mas também há contagio entre mãe e
bebê durante a gravidez ou o parto, é a chamada transmissão vertical.
Inicialmente assintomática, a infecção
por HPV pode evoluir para lesões de pele e mucosas, em alguns casos também
ocasiona o surgimento de verrugas genitais. Quando não tratada corretamente,
essas lesões podem evoluir para um quadro de câncer genital, como o câncer de
colo de útero, cuja doença tem como principais sintomas dores, corrimento ou
sangramento vaginal.
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