FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Há diversas técnicas
fisioterapêuticas para reabilitação de pacientes com Encefalopatia Crônica não
Progressiva da Infância (ECNPI), mais conhecida como
Paralisia Cerebral (PC). E estas
técnicas devem estar focadas em estimular o potencial de cada criança, com o
objetivo de permitir a maior independência possível, buscando também o
desenvolvimento das habilidades motoras, dos cuidados pessoais, do
brincar e da inserção social, destaca a fisioterapeuta Renata Ribeiro Vidal
Euzébio (CREFITO: 14.572-F), que no Espaço Calli, no Rio Vermelho, atende
a crianças acometidas pela Paralisia Cerebral. Renata tem formação nos
Métodos Halliwick e Watsu, ambos para o trabalho realizado no meio aquático e
vários cursos na área de hidroterapia.
A fisioterapia aquática, mais
conhecida como hidroterapia, utiliza as propriedades físicas da água para
facilitar ou resistir determinados movimentos, além de estabilizar ou não o
paciente em imersão. A prática deve ser
realizada por um fisioterapeuta especializado, e tem como principal objetivo a
aquisição da mobilidade e da funcionalidade de acordo com as capacidades
físicas e cognitivas do paciente. A fisioterapia aquática proporciona um meio
lúdico, prazeroso e capaz de oferecer ao paciente experiências que, em alguns
casos não são possíveis no solo como rolar, caminhar e principalmente a
liberdade de movimentos. “Mas é de extrema importância que o tratamento na água
seja associado a fisioterapia no solo, pois assim conseguiremos um trabalho
positivo para ambos”, ressalta Renata Vidal Euzébio, que atende pacientes de
todas as idades acometidos por lesões encefálicas e doenças neuro-musculares,
entre outras.
Em alguns casos, a criança
apresenta dificuldade no início da terapia devido ao ambiente desconhecido ou
distanciamento da mãe/cuidador, sendo assim, é necessário que nas
primeiras sessões o cuidador (mãe, pai, avô, babá ) entre na piscina. Mas, a
medida que ocorre a adaptação a criança sente-se motivada e o horário da
terapia acaba sendo um momento prazeroso e alegre devido as conquistas
adquiridas.
É importante a avaliação inicial
fora da piscina para a partir daí serem traçados os objetivos a serem
alcançados com o tratamento. Vale lembrar que cada indivíduo é único e cada um
vai ter uma resposta diferente aos estímulos do tratamento.
Paralisia Cerebral.
O que é a Paralisia Cerebral - Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância (ECNPI) mais conhecida como Paralisia Cerebral (PC), é definida como uma desordem do movimento e da postura devido a uma lesão no cérebro imaturo. O desenvolvimento do cérebro tem início logo após a concepção e continua após o nascimento. Ocorrendo qualquer fator agressivo no tecido cerebral antes, durante ou após o parto, as áreas mais atingidas terão a função prejudicada e, dependendo da importância da agressão, certas alterações serão permanentes caracterizando uma lesão não progressiva.
O que é a Paralisia Cerebral - Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância (ECNPI) mais conhecida como Paralisia Cerebral (PC), é definida como uma desordem do movimento e da postura devido a uma lesão no cérebro imaturo. O desenvolvimento do cérebro tem início logo após a concepção e continua após o nascimento. Ocorrendo qualquer fator agressivo no tecido cerebral antes, durante ou após o parto, as áreas mais atingidas terão a função prejudicada e, dependendo da importância da agressão, certas alterações serão permanentes caracterizando uma lesão não progressiva.
Dentre os fatores pré-natais, estão
as infecções maternas (rubéola, toxoplasmose), eclampsia, transtornos tóxicos e
fatores físicos, como a exposição ao raio-X. Já os perinatais abrangem a prematuridade,
baixo peso ao nascimento, icterícia grave, anóxia, circular de cordão
umbilical, parto prolongado. Os fatores pós-natais podem ser meningecefalites,
traumatismos crânio-encefálicos, processos vasculares, entre outros.
Após diagnóstico, torna-se necessário
classificar a ECNPI de acordo com o tipo e localização da alteração motora, com
o grau de acometimento e o nível de independência para atividades de vida
diárias. Embora seja considerada uma patologia não progressiva, seus sintomas
podem evoluir para deformidades que se tornam incompatíveis com a função ou até
mesmo com a higiene, interferindo na qualidade de vida.
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