FONTE: guiadobebe.uol.com.br
A
trombofilia é um problema grave e pode ser responsável por alguns abortos
"sem explicação".
Trombose é a formação ou o desenvolvimento de coágulos sanguíneos. Já a
trombofilia é a propensão a desenvolver trombose ou outras alterações em
qualquer período da vida, inclusive, durante a gravidez, parto e pós-parto,
devido a uma anomalia no sistema de coagulação do corpo.
Na gravidez existem maiores possibilidades de uma mulher desenvolver a
trombofilia. As causas não são todas conhecidas, mas sabe-se que o fator
genético da doença é uma delas. “Não podemos nos esquecer que entre as
modificações do organismo da futura mamãe, há uma grande tendência de
hipercoagulabilidade natural. Isso é fundamental para garantir que após o
parto, a contração uterina ajude a encerrar a hemorragia que acontece após a
saída da placenta. De outra forma, as mulheres morreriam após dar à luz”,
explica o Dr. Antonio Braga, obstetra da Maternidade da Santa Casa da
Misericórdia do Rio de Janeiro.
A trombofilia é um problema grave de saúde e precisa ser tratada o mais
rápido possível. Se ignorada, pode trazer sérios problemas para a mãe e até
causar a morte do bebê. O risco é que os coágulos obstruam os vasos sanguíneos,
causando o entupimento das veias dos pulmões, coração e cérebro materno, como
também obstruindo a circulação na placenta.
É importante que o ginecologista que acompanha a gestante conheça o
histórico da paciente e faça um acompanhamento mais detalhado caso tenha história pessoal ou
familiar de trombose; três ou mais abortos naturais de 1º trimestre,
dois abortos de 2º trimestre ou um caso de natimorto; casos de pré-eclampsia
grave, principalmente em grávidas com menos de 32 semanas de gestação;
história de descolamento prematuro de placenta e parente de primeiro
grau com mutações no sangue.
Para detectar se há algum tipo de trombofilia, o médico deve pedir uma
complexa investigação laboratorial.
Segundo o Dr. Antonio Braga, existem tratamentos eficazes caso haja o
desenvolvimento de trombofilias. O ideal é que o médico que acompanha a mamãe
fique atento a qualquer sinal e assim que detectado o problema, encaminhe-a
para um hematologista ou reumatologista.
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