FONTE: Paula Moura, Do UOL, em São Paulo (http://noticias.uol.com.br).
Não é só H2O que tem
dentro da garrafa de água que compramos. Há muitos outros componentes, como
sais minerais, cálcio, carbonatos, sulfatos, sódio, magnésio, entre outros.
Essa composição depende muito da fonte de qual é retirada.
Assim, uma mesma
marca pode ter características diferentes dependendo o Estado em que é vendida
se as fontes forem diferentes.
Os minerais são
responsáveis pelo gosto da água. Luciano Peske Ceron, professor de engenharia
química na PUC-RS, diz que águas com grande quantidade de cálcio e magnésio,
por exemplo, são consideradas "duras", e têm um sabor pouco agradável.
As principais
características a se observar na água são a composição de sódio e o pH, que
determina se a água será ácida ou alcalina.
Mas é melhor para a
saúde tomar água com mais sais minerais? A quantidade de sais minerais na água
é baixa e não deve ser levada em conta no valor nutricional, explica Renato
Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês.
"Uma alimentação
rica em frutas e verduras fornece todos os minerais necessários para a
manutenção do corpo", diz.
Sódio.
Algumas águas têm
muito sódio, outras têm menos sódio. A quantidade na água em si não é
muito grande, mas somada ao sódio que se ingere nos alimentos gera impacto no
final do dia.
"O grande
problema é que a população brasileira já consome muito sódio", diz Ceron.
Portanto, ele recomenda consumir uma água com baixo teor de sódio, abaixo de 30
mg/l.
Zilli explica que a escolha é especialmente importante para hipertensos, pessoas com problemas renais e portadores de doenças cardiovasculares. "Deve-se dar preferência a águas com menor quantidade de sal, porém a maior fonte do sal da alimentação vem principalmente de alimentos processados e embutidos."
Zilli explica que a escolha é especialmente importante para hipertensos, pessoas com problemas renais e portadores de doenças cardiovasculares. "Deve-se dar preferência a águas com menor quantidade de sal, porém a maior fonte do sal da alimentação vem principalmente de alimentos processados e embutidos."
Segundo a Anvisa, se
a água tem mais de 200 mg/l de sódio é necessário constar no rótulo um aviso.
Ou seja, até essa quantidade, é considerado normal. No entanto, Ceron aponta
que acima de 100 mg/l já apresenta algum perigo devido à alta ingestão de sódio
pela população.
Ph.
Outro parâmetro muito
importante a ser observado é o pH da água, índice que aponta a acidez. Para se
ter uma ideia, refrigerantes têm um pH próximo de 2,5, bastante ácido. O leite
tem pH alcalino entre 10 e 11.
O pH varia de 0 a 14
e 7 é considerado neutro, o que seria ideal para a água.
"Um pH mais
baixo (mais ácido) pode levar a irritação da mucosa gástrica com sintomas de
azia e dor de estômago", diz o médico.
Para quem acha que
águas alcalinas funcionam como antioxidantes, ele alerta: "não existe
comprovação científica desse resultado".
"Embora seus
defensores alegam que a água com pH básico pode ajudar a manter o pH do sangue,
impedindo assim certas doenças e promovendo a perda de peso, o fato é que nosso
corpo regula cuidadosamente o pH no sangue e não é a água que você toma que vai
mudá-lo substancialmente", diz. Se bem não faz, mal também não.
Água
da torneira.
Sabemos que a água da
torneira é tratada com cloro, que é ácido, mas os filtros são capazes reduzir a
quantidade do elemento e aproximar o pH da água do neutro.
Os filtros de carvão
ativado ou de barro funcionam da mesma forma e são eficazes para equilibrar o
cloro, diz Ceron.
Água
com gás.
Há dois tipos: a
gaseificada naturalmente e a artificialmente. Na segunda, coloca-se gás
carbônico (CO2) dentro da água sob pressão.
O pH da água com gás é mais ácido, entre 5 e 6 e ela fica mais protegida contra proliferação de bactérias por causa da ação do CO2. Mas para pessoas com problemas gástricos, ela tem o mesmo efeito da água comum ácida, podendo irritar a mucosa.
O pH da água com gás é mais ácido, entre 5 e 6 e ela fica mais protegida contra proliferação de bactérias por causa da ação do CO2. Mas para pessoas com problemas gástricos, ela tem o mesmo efeito da água comum ácida, podendo irritar a mucosa.
Prazo
de validade.
Normalmente águas são
em torno de um ano após o engarrafamento. O prazo de validade deve estar
indicado na embalagem.
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