terça-feira, 18 de abril de 2017

INFECÇÃO DE URINA NEM SEMPRE PROVOCA DOR AO FAZER XIXI: CONHEÇA OUTROS SINTOMAS...

FONTE:, Giovanna Mazzeo (http://www.msn.com).


Quem já teve infecção de urina sabe que a ardência ao urinar é um sintoma característico e bastante incômodo. Contudo, o que muita gente não sabe é que a dor ao fazer xixi nem sempre aparece como um sintoma do quadro, o que faz com que muitas pessoas acabem recebendo o diagnóstico tardiamente.

A doença é mais comum nas mulheres porque elas têm a uretra bem menor que a dos homens, o que facilita a penetração de bactérias.

O que é infecção de urina? 

De acordo com o urologista Guilherme Maia, a infecção de urina é um processo infeccioso de crescimento de bactérias no trato urinário que pode acometer qualquer parte do sistema (rim, ureter, bexiga e uretra).

Apesar da infecção poder atingir qualquer uma dessas partes, é mais comum que ocorra no sistema inferior, que é composto por uretra e bexiga. 

“Isso por conta da facilidade de penetração das bactérias e dificuldade de ela percorrer o caminho inverso ao fluxo urinário, que vem dos rins, passa pelo ureter, depois pela bexiga e por último pela uretra”, explica o especialista.

Tipos de infecção. 

Quando a infecção é diagnosticada apenas na bexiga, ela é chamada de cistite. Quando afeta a uretra, é denominada uretrite. Nos casos em que a infecção sobe para o rim, a doença é chamada de pielonefrite.

Segundo Maia, a infecção no sistema superior (rim e ureter) geralmente acontece quando a doença não é tratada de início e é mais comum em pacientes diabéticos, imunodeprimidos ou com qualquer alteração que diminua a imunidade. 

Por isso, é fundamental procurar um especialista assim que houver qualquer sintoma de infecção de urina.

Sintomas incomuns.


Além da ardência ao fazer xixi, urgência e incontinência urinárias, sangue na urina, dor no baixo ventre e perto do púbis, mal-estar e falta de vontade de comer também são sintomas de cistite.

Quando a infecção afeta outras partes do sistema urinário, febre, dor nas costas e fraqueza muscular são outros sintomas que podem aparecer.

“A pessoa com infecção de urina não precisa apresentar todos os sintomas. Apenas um deles já é indicativo de uma possível infecção. Idosos e diabéticos geralmente têm poucos sintomas”, esclarece Maia.

Diagnóstico da doença. 

Para confirmar se a pessoa está mesmo com o quadro, ela deve fazer exames de urina e também de sangue. As alterações mais significativas costumam ser o aumento de creatinina e de leucócitos, mas o diagnóstico deve ser feito sempre por um médico.

Complicações. 

Quando não tratada, a infecção pode passar para o sangue, causando uma urosepsis, que é letal. “O caminho da infecção é da uretra para a bexiga, da bexiga para o ureter, do ureter para o rim e quando ela sai de lá sem ter sido tratada corretamente, vai para o sangue, o que pode provocar uma bacteremia, que é difícil de ser tratada”, explica o urologista.

Quando acontece esta complicação, a pessoa pode sofrer desmaios, ter queda ou aumento da pressão, dores nas costas, febre, calafrio, sonolência, entre outros sintomas sistêmicos.

Como tratar infecção de urina.



O tratamento é feito com remédio antibiótico e costuma durar de 3 a 7 dias em mulheres saudáveis e em idade reprodutiva. Em homens, grávidas, idosas e pessoas com câncer, cálculo renal e diabetes, o tratamento pode demorar até 21 dias.

Infecção após relações sexuais

De acordo com o urologista, é comum as infecções de urina surgirem de 1 a 2 dias após relações sexuais porque o trauma do ato sexual na uretra, que é a entrada do canal urinário, deixa a mucosa friável - isto é, faz com que ela se fragmente mais facilmente e, com isso, “puxe” as bactérias para dentro.

Infecção de repetição. 

Caso isso aconteça frequentemente, é necessário procurar um ginecologista ou urologista para avaliar o que pode ser feito a fim de prevenir a doença ou se a recorrência da doença é devido a algum outro problema de saúde.


“É considerado infecção de urina de repetição quando acontece duas ou mais vezes no período de 6 meses ou 3 ou mais vezes dentro de um ano. Nestes casos, é preciso investigar”. 

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