FONTE: Yuri Abreu, TRIBUNA DA BAHIA.
Apenas na Bahia, ao todo, 2.852 pessoas tiveram o
benefício cortado.
Com o
objetivo de avaliar quem está, de fato, apto ou não para receber benefícios
previdenciários como auxílio doença ou aposentadoria por invalidez, o Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) vem realizando, desde julho do ano passado,
uma espécie de Operação Pente Fino, com o intuito de averiguar irregularidades
em todo o território nacional. Até agora, a economia é superior a R$ 715
milhões para o Fundo da Previdência apenas com cortes para o auxílio-doença,
nesta primeira fase.
Na
Bahia, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário
(MDSA), foram realizadas, até agora, 3.086 perícias, sendo que 2.476 delas
foram canceladas, valor pouco superior a 80% do total. Além disso, ainda de
acordo com o órgão federal, a ausência de convocados às pericias levou ao
cancelamento de outros 376 benefícios. Ou seja, apenas aqui no estado, ao todo,
2.852 pessoas tiveram o benefício cortado.
No
entanto, além dos cortes, também houve conversões em benefícios de segurados.
Ao todo, 342 em aposentadoria por invalidez, 82 em auxílio acidente e outros 10
em aposentadoria por invalidez, mas com acréscimo de 25% no valor do benefício.
Por outro lado, outras 176 pessoas foram encaminhadas para reabilitação
profissional. Segundo o MDS, 31.154 benefícios de auxílio doença serão
revisados aqui na Bahia. Até agora, a economia anual estimada é de R$ 45,2
milhões.
De
acordo com Alberto Beltrame, secretário executivo do MDSA, a revisão, além de
ter como objetivo direcionar os benefícios previdenciários para quem realmente
precisa, garantiu que, tanto o Ministério quanto o INSS estão seguindo todos os
critérios estabelecidos para que nenhuma injustiça seja cometida.
REVISÃO.
Segundo o órgão federal, serão chamados mais de 530 mil beneficiários com
auxílio-doença e quase 1,2 milhão de pessoas aposentados por invalidez (em uma
segunda fase da operação pente fino), que tenham menos de 60 anos e estão há
mais de dois anos sem realizar perícia em todo o Brasil. Na Bahia, são mais de
73 mil o número de pessoas que recebem aposentadoria por invalidez e que vão
passar por revisão, de acordo com as Medidas Provisórias 739 e 767.
As
convocações serão feitas por meio de carta com aviso de recebimento, cabendo ao
segurado, em cinco dias úteis, realizar o agendamento da perícia pelo número
135. Àquele que não atender a convocação ou não comparecer na data agendada
terá o benefício suspenso. Na data marcada para a realização da avaliação, o
segurado deve levar documento de identificação com foto e toda a documentação
médica disponível, como atestados, laudos, receitas e exames.
DIFERENÇA.
Enquanto o auxílio doença é concedido àquela pessoa que apresentar, no momento
da perícia médica, incapacidade de trabalhar por mais de 15 dias consecutivos,
por conta de um acidente ou doença, a aposentadoria por invalidez é dada ao
segurado por incapacidade total ou permanente para realizar atividades
laborais, por não conseguir se recuperar em curto espaço de tempo. Por lei,
enquanto os beneficiários do auxílio-doença devem passar por revisão a cada
seis meses, na aposentadoria por invalidez a perícia deve ser feita, segundo a
norma, de dois em dois anos.
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