FONTE:, https://www.noticiasaominuto.com.br
Nos Estados Unidos, 17%
dos homens com mais de 60 anos já experimentaram algum desconforto nesse
sentido.
Embora
a incontinência urinária seja mais frequente em mulheres, uma parcela
considerável da população masculina também enfrenta o problema. Nos Estados
Unidos, 17% dos homens com mais de 60 anos já experimentaram algum desconforto
nesse sentido. Geralmente, tem a ver com a próstata – mas não necessariamente
com câncer de próstata. De acordo com Arnaldo Cividanes, urologista e diretor
técnico do Hospital SAHA, em São Paulo, nessa fase da vida é muito comum
observar um aumento na próstata que, eventualmente, pode influenciar
negativamente no funcionamento da uretra, resultando em dificuldade para
controlar a urina e favorecendo a sensação de urgência para fazer xixi.
“É
fundamental avaliar clinicamente o paciente, buscando o máximo de informações
para determinar a raiz do problema. Só assim podemos estabelecer um plano de
tratamento e indicar formas de evitar mal-estar e constrangimento. Há pacientes
que têm vontade de urinar, mas demoram a efetivamente soltar o primeiro jato.
Outros urinam em jatos curtos e espaçados. E há aqueles que, diante de uma
urgência urinária inesperada, costumam enfrentar problemas sociais nesse
sentido. Seja como for, para tudo há tratamento”, diz o urologista.
Cividanes
afirma que câncer de próstata e hiperplasia prostática benigna são causas
comuns de incontinência urinária em homens. Nos primeiros seis meses depois da
cirurgia para retirada do câncer de próstata, por exemplo, entre 10% e 25% dos
pacientes podem ter incontinência urinária de vários graus de intensidade. Completado
um ano depois da cirurgia, esse percentual cai para menos de 5%. “O estágio
inicial do câncer de próstata costuma ser bastante silencioso, sem
manifestações claras de alterações miccionais. Já quem tem a próstata alargada
(hiperplasia prostática benigna), o que pode se manifestar a partir dos 50
anos, é possível que ela esteja bloqueando o fluxo urinário e fazendo com que
os homens apresentem sintomas de jato fraco, interrompido, dificuldade para
iniciar a micção, aumento da frequência das micções, urgências e até perdas
involuntárias. Daí a importância de um diagnóstico baseado em avaliação
clínica, histórico do paciente e exames de toque, de urina e de imagem
(ultrassom, tomografia e ressonância magnética)”.
De acordo
com o especialista, o ideal é tratar e sanar o problema causador da
incontinência. Quando isso ainda não é possível, existem medidas paliativas
para driblar esse terrível desconforto social. Uma delas é fazer exercícios que
fortaleçam o assoalho pélvico – assim como as mulheres vêm fazendo há algum
tempo. Outra sugestão é conferir o que a indústria tem para prevenir exposição
desnecessária do problema. “Hoje há desde cuecas especificamente reforçadas
para absorver vazamentos involuntários, até dispositivos que funcionam como
absorventes femininos e fraldas. O importante é que o paciente encare essa fase
como temporária e, juntamente com seu urologista, persista na busca da solução
definitiva para o problema”.
Arnaldo
Cividanes aponta seis dicas para os homens lidarem melhor com a incontinência
urinária:
1. Após urinar,
aguarde mais um pouco e confira se a vontade ainda persiste.
2. Pare de fumar.
Sempre é tempo de melhorar a saúde em geral.
3. Jamais deixe de
tomar água por receio das consequências. Se hidratar é importante sempre.
4. Reduza a
ingestão de bebidas alcoólicas, refrigerantes e chá mate/preto.
5. Trate a
constipação.
6. Se estiver com
sobrepeso ou obesidade, faça dieta e exercícios para perder peso.
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