FONTE: Carolina Prado e Gabriela Guimarães, Colaboração para o UOL, (http://estilo.uol.com.br).
Para viver um relacionamento aberto é preciso ter
muito diálogo entre o casal. E considerar as necessidades e emoções de cada um.
Antes de decidir sair com outras pessoas, vale a pena fazer alguns
questionamentos importantes, que darão uma ideia do que virá pela frente:
1. O que consideramos como traição?
Para alguns, é se envolver emocionalmente com uma
terceira pessoa. Para outros, é transar com outra pessoa sem avisar. Por isso,
vale cada um explicar a própria visão sobre infidelidade. Pode ser que vocês
cheguem à conclusão de que nada é traição desde que esteja acordado. Mas é bom
falar e ouvir o que seu parceiro tem a dizer.
2. Quais serão as regras?
Algumas pessoas precisam de várias regras para se
sentirem seguras. Outras, só estabelecem que deve haver respeito e lealdade,
como fez a Bruna Santos Souza, de 23 anos, que viveu um relacionamento
monogâmico por três anos e abriu há um ano. “Normalmente, as regras são uma
tentativa de limitar o que pode ocorrer, dado que não há um comportamento
padrão a ser seguido como num relacionamento monogâmico. Na relação aberta,
tudo fica incerto no começo e gera inquietação. Tentamos colocar regras, mas
vimos que eram inviáveis e faziam pouco sentido para nós. O que importava,
mesmo, era a cumplicidade”, conta.
3. Como lidamos com o ciúme?
Se você sente dor de estômago ao pensar que seu
parceiro vai ficar com outra pessoa, mas acha que vai conseguir segurar a onda
com o passar do tempo, pode se decepcionar ao abrir o relacionamento. “Não
temos um controle racional das nossas emoções”, diz Eduardo Fraga, professor de
psicologia do Mackenzie.
4. Só porque funciona com um casal de
amigos, vai funcionar com a gente?
A gente já dá a resposta para esta pergunta: não.
“Cada casal funciona de um jeito. Querer ser como o outro, não significa ser. E
esta comparação pode gerar frustrações e cobranças inadequadas”, explica a
psicóloga Edyclaudia Gomes de Sousa.
5. Como vamos administrar o tempo
juntos?
Será preciso dividir o tempo entre trabalho,
família, amigos, novos parceiros e entre vocês dois. “Isso é um ponto que gerou
algumas discussões entre nós. Mas como acredito que ele deve estar onde quer, e
que isso não indica desinteresse por mim ou falta de amor, acabamos sendo
compreensivos. Às vezes passo bastante tempo saindo só com ele, às vezes nos
vemos rapidamente durante algumas semanas”, conta Bruna.
6. Os dois querem ou só um quer?
Não será fácil viver a relação aberta quando o
desejo partiu de apenas um. “O relacionamento aberto nunca deve ser buscado
como forma de tentar salvar o casamento ou flexibilizar as cobranças. Só deve
ser proposto por pessoas maduras, dispostas a essas vivências, sem o desejo de
exclusividade ou sensação de posse”, lembra Edyclaudia Gomes.
7. Quais prejuízos podemos ter com esta
decisão?
A relação aberta pode melhorar e apimentar a vida
conjugal, ajudar a quebra a rotina e melhorar a autoestima de ambos. Porém, em
alguns casos, pode alimentar a desconfiança, o desejo de controle do outro e
gerar distanciamento e atritos. Tudo dependerá da maturidade, desejos e
limitações de cada um.
8. E se um de nós se apaixonar por outra
pessoa?
“Eu me fiz esta pergunta antes de abrir meu
relacionamento. Existe esta chance, ao conhecer novas pessoas. Pode ser que ele
se apaixone e resolva voltar ao relacionamento monogâmico com outra. E pode
acontecer comigo também essa mesma situação”, conta Bruna. É uma aposta e deve
ser colocada na balança antes da decisão ser tomada...
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