segunda-feira, 18 de setembro de 2017

BAIANOS ESTÃO DEIXANDO DE TOMAR CAFÉ DA MANHÃ EM PADARIAS...

FONTE: Matheus Fortes, (http://www.ejornais.com.br).

O consumidor que escolhe tomar um café da manhã reforçado nas panificadoras da cidade pode chegar a gastar uma média de R$ 10 a R$ 15,00.


Levantar mais tarde e fazer a primeira refeição do dia fora de casa está virando um hábito mais raro na vida dos baianos. Ao menos, é isso o que sentem aqueles que trabalham no ramo das panificações pela capital, ao notarem como caiu o movimento de clientes que costumam tomar o café da manhã fora de casa, um fator que vem junto com o aumento constante das contas para manter o empreendimento.
Atualmente, o consumidor que escolhe tomar um café da manhã reforçado nas panificadoras da cidade pode chegar a gastar uma média de R$ 10 a R$ 15, se optar por tomar um suco ou um café com leite junto a um prato de raízes (aipim, inhame, batata doce). Se a pessoa contenta-se com um copo de 200 ml de café com leite e um pão com queijo ou um misto, ainda assim, acaba desembolsando pelo menos R$ 5. 
A consequência disso é a crise nos estabelecimentos gastronômicos. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – seccional Bahia (Abrasel-BA), mais de mil bares e restaurantes fecharam as portas entre janeiro e março deste ano. 
E as panificações também sentem isso. Na Bella Vitória, que fica na Rua Direita da Piedade, no centro de Salvador, um café médio sai por R$ 2. O misto está por R$ 3,70, e o pão com queijo R$ 4,20. O buffet do café da manhã, que possui itens diversos entre ovos, cuscuz, aipim, inhame, batata doce e banana da terra, custa R$ 3,19 a cada 100g. Um prato de aipim, por exemplo, pode ser pedido à parte por R$ 10. 
“O gasto com energia, chega a R$ 8.500”, explica o proprietário. Mesmo com a queda, Nilson explica que fez modificações, demitiu 13 funcionários, e vem se ajustando aos novos tempos, enquanto a recessão não passa. O forte do seu estabelecimento continua sendo o pão e lanche. Aproximadamente, 300 pessoas fazem alguma refeição no local durante o dia. 
Nas panificações de bairro, a queda também é sentida. A El Pan, em Brotas, por exemplo, chegou a reduzir o preço do buffet, que era de R$ 26,90 para R$ 19,90. O resultado, ainda assim não tem sido satisfatório, e segundo a recepcionista Cirleide Santos, os donos já cogitam fechar o espaço de alimentação do buffet, visto que o movimento caiu pela metade, principalmente em 2017, e manter apenas o balcão de lanches. 
Alta.
Uma pesquisa realizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), através do Índice de Preços nos Supermercados (IPS/APAS/FIPE), concluiu que o pão com manteiga e o café com leite, itens típicos de café da manhã , ficaram mais caros este ano.
A alta que mais surpreendeu a entidade foi o preço do café, que encareceu 14,58% apenas este ano. A variação em 12 meses ficou com uma alta de 26,44%. O leite longa vida registrou elevação de 6,55%. 
De acordo com a Apas, a alta no preço do leite impactou diretamente nos derivados, sendo eles a manteiga, que subiu 7,86%, ao longo deste ano e chegou a 19,80% nos últimos 12 meses. Quanto ao pão francês, a alta foi de 0,43% em 2017, e de 4,45% nos últimos 12 meses.  

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