A
missão de Andrew McHill e uma equipe de médicos de um hospital de Boston, nos
Estados Unidos, era pesquisar as consequências de comer lanchinhos em horários
usualmente reservados para o sono.
Para
isso, eles observaram 110 universitários por um mês. Ao longo desse período, os
alunos forneceram informações sobre o horário e a composição de todas as suas
refeições por meio de um aplicativo de celular – fossem elas um almoço de
domingo em família ou aquele pulinho rápido na geladeira às duas da manhã.
Aí
que está: os estudantes que tinham problemas de sobrepeso consumiam, em média,
a maior parte das calorias do dia uma hora mais tarde que os estudantes mais
magros. Essa hora extra coincidia com o início da produção do hormônio do sono, a melatonina.
Para
comprovar a associação, os voluntários passaram a noite de um dos 30 dias em um
hospital, “espetados” em sensores. Isso para os pesquisadores medirem
direitinho em que horário a distribuição de melatonina começava no corpo de
cada um.
Ou
seja, mesmo que o seu rango não seja muito pesado, o simples ato de comer
quando deveria estar apagado pode favorecer o ganho de peso. Agora, isso não
tem necessariamente a ver com o dia e a noite. O que importa, pelo visto, é o
seu relógio biológico individual.
Exemplo:
se você tem um emprego noturno e sua rotina é ir para a cama às 9 da manhã,
comer no horário em que a maior parte das pessoas almoça não é uma boa ideia.
Afinal, seu organismo eventualmente se adapta à rotina diferente, e passa a
liberar melatonina quando você volta do trabalho, de manhã cedo.
McHill
admite, no artigo científico, que a rotina instável de um universitário talvez não
seja a mais adequada possível para um estudo desses. Seja como for, a medicina já investiga os problemas
de jantar muito tarde, e esse é um dos
primeiro estudos 100% práticos que apoiam a recomendação.
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