Na
segunda-feira (4), Kate
Middleton, duquesa de Cambridge e
esposa do príncipe William da Inglaterra, anunciou a gravidez do terceiro
filho – futuro irmão (ou irmã) mais
novo de George, de quatro anos, e Charlotte, de dois. No entanto, assim como
nas duas gestações anteriores, Kate sofre de hiperêmese gravídica,
condição que provoca náuseas e vômitos que, diferente dos enjoos característicos
da gravidez, são mais fortes e constantes.
Sintomas.
De
acordo com Livia Pondorf, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade
São Luiz, em São Paulo, os principais sintomas são as náuseas e os vômitos intensos e frequentes, que causam desconforto à gestante dificultando a
rotina, mas não têm uma causa específica.
“Existem
várias teorias, desde a mais aceita, um problema hormonal devido ao aumento do
beta HCG, produzido durante a gestação, até causas psicológicas.”
Enjoos.
Em
condições normais, os enjoos na
gravidez são considerados
saudáveis, segundo Livia – 80% das mulheres sentem o mal-estar durante as sete
primeiras semanas. Em alguns casos, enjoos leves podem permanecer até 12
semanas ou até o final da gravidez.
No
entanto, a hiperêmese é rara: afeta cerca de 5% das gestantes. Se os
vômitos excessivos não forem tratados, podem levar à perda de peso, de
nutrientes e eletrólitos.
Tratamento.
O
tratamento consiste em alterações nutricionais básicas, como alimentar-se de
forma fracionada, aos poucos e frequentemente, com alimentos frios
e secos, que causam menos
enjoo. A ingestão de líquidos
também é importante para evitar a desidratação. Além disso, a adição de limão
na água e gengibre na alimentação (que pode ser a partir de suplemento ou fonte
alimentar) também ajudam.
Caso
a alimentação não seja o suficiente para evitar o mal-estar, a
desnutrição e as dores que podem surgir com o esforço ao vomitar, o médico pode
indicar medicamentos específicos para as náuseas, como antieméticos e
anti-histamínicos.
Apoio
psicológico.
A
condição não é capaz de afetar o feto diretamente, quem acaba sofrendo mais é a
própria mãe, também pelo fator
emocional. “Respeitar esse momento
e oferecer apoio psicológico também faz parte do tratamento porque
esse mal-estar frequente tem grande impacto na mulher”, disse a médica.
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